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A mostrar mensagens de 2013

Lições de Vida e de Dança III - Entrega

Há um ditado popular que me encaixa perfeitamente:  "Nós fazemos planos e Deus ri-se deles." Imagino o quanto Deus ri-se de mim todos os anos, quando, por volta desta altura, faço planos para o próximo ano.  Mas, acho que desta vez não vai ter sorte comigo... Não tenho tido outro remédio senão ENTREGAr-me. Entregar-me à Vida, e ao que esta me reserva sem "espingardar" muito,  sem fazer planos que nunca saem como planeei. Acontecimentos recentes na minha vida, forçaram-me a pensar MUITO - talvez até demasiado - neste conceito de entrega a aquilo que não conseguimos (nem era suposto) controlar, que, para uma control freak como eu, é complicado.  Sim, custa-me não ceder à ilusão do controle, que é o que realmente é: uma ilusão. Então decidi (talvez esteja eu de novo a controlar) não me iludir mais. Simplesmente, deixei de teimar impondo o que penso que é bom para mim e entreguei-me ao que Deus tem planeado para mim (se é que tem alguma coisa planeada). 

Lições de Vida e de Dança II - Viver Despenteada

O Facebook tem destas coisas. Estava eu a passar a vista pelo mural quando dou por este texto, muito inspirador. Mais uma vez, tanto na Dança como na Vida, há que "despentear" afim de se sentir, usufruir, enfim... Viver.  Confesso que gosto de entrar num palco - seja ele qual for - toda "arrumadinha". Sou extremamente vaidosa e exigente com a minha imagem. Mas gosto mais de sair dele completamente despenteada, suada e a ferver.  Viver e Dançar com garra realmente abala o politicamente correcto. Destroi o que tomamos por certo. Descontrola o que julgamos controlar. Mais uma vez, pensa e Vive/Dança Despenteada: "Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie,  por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade…  O mundo é louco, definitivamente louco… O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro.  O sol que ilumina o teu rosto enruga. E o que é realmente bom dessa vida, despenteia… - Fazer amor, despenteia. -

Lições de Vida e de Dança I - RESPEITO

RESPEITO. Palavra tão simples mas carregada de complexidade. Ter-me respeito e fazer-me respeitar é, provavelmente, a melhor e a mais difícil lição que a Dança Oriental me proporciona. Durante todos estes anos, percebi o quanto a D.O. me respeita e exige respeito, como se uma entidade superior se tratasse. Este grande mestre (D.O.) mostra-me, em cada dança, tanto a ensinar como a actuar, o poder que tenho de ME agradar, de ME seduzir, de ME mimar, de ME fazer sentir bem com o meu corpo e na minha pele. O mestre, através de movimentos tão singulares, despertou em mim uma energia adormecida devolvendo-me um amor próprio que nunca tinha sido estimulado. Ensina-me a amar-me, dá-me a conhecer e potencia as minhas virtudes, mas sobretudo transforma os meus defeitos. A D.O. respeita o meu tempo, o meu espaço, as minhas vontades. A D.O. aceita-me. A D.O. adapta-se ao meu pensamento, ao meu sentir, ao meu corpo físico e espiritual.  Mas em contrapartida, como os dois lados da moeda

CARTA ABERTA a todos os alunos: Lições de Vida e de Dança

Sou sincera: eu comecei a dar aulas de dança por pura obrigação.  Imaginava - quando comecei a aventura de viver da dança - que bastava viver dos sonhos e dos palcos. Percebi, logo de imediato, que não... os sonhos, infelizmente, não têm o lado prático que a vida exige. Precisava de pagar contas e comprar bens indispensáveis do quotidiano. Ganhar ( como toda a gente) dinheiro e assim decidi começar a dar aulas afim de conseguir ter algum money mais regular. Surpreendentemente, adorei e adoro a  experiência.  Durante estes últimos 10 anos que lecciono, passaram por mim milhares de simpáticas e talentosas alunas e alguns alunos que, me ensinaram mais sobre as relações humanas que de outra forma seria impossível. Para o bem e, muitas vezes, também para o mal, sinto que tenho um doutoramento em sociologia e psicologia. Desenvolvi - e continuo a desenvolver - aspectos da minha personalidade que pensava que seriam impossíveis de adaptar ao complexo mas, interessante trabalho que é lec

Ainda sobre Dança: Arte ou Competição...

Devo reforçar:  Não há nada de mal nos concursos de dança (falo Dança Oriental), se eles forem encarados, por quem promove e por quem concorre, como uma ferramenta para elevar o nível da Dança Oriental. Eles (concursos) têm o seu mérito na dinamização da D.O. e, é de louvar quem tem a coragem, paciência e o trabalho de os promover e organizar. Acredito que não seja fácil coordenar concorrentes, nomear um júri e lidar com os familiares das bailarinas... oh GOD, não é fácil!!! Cabe é, a cada um que aceita embarcar neste desafio (promotores, júris, concorrentes), que o façam em verdade e com o objectivo de se superar seja no que for. Eu própria incentivo as minhas alunas, caso parta delas, a participarem. Mas, relembro-lhes, que só faz sentido, se encarem o evento como uma plataforma de trabalho, experiência, companheirismo, respeito e humildade em ter a sabedoria de tirar o melhor partido do todo o processo. Ter como expectativa não ter expectativas... fazerem-no com aute

Dança: Arte ou Competição

No outro dia, em conversa com algumas alunas, falávamos, entre muitos assuntos, sobre concursos de dança (Oriental, of course). A meio, eu confesso - para espanto delas - que nunca entrei num concurso. E para meu espanto, uma delas, pergunta-me: "Mas, assim como conseguiste construir um nome e fazer carreira???" COMO???  Com esforço, talento, inteligencia, trabalho e persistência. A minha surpresa foi, constatar, que a nova geração de bailarinas, acha que se faz uma carreira baseada no sucesso (ou não) que se tem em concursos.  NÃO!!! O nome de uma bailarina constrói-se, não através de uma dança para um júri, mas através de centenas de danças para um publico que é mais implacável que qualquer júri. A carreira de uma artista - que é isso que uma bailarina com letra grande é - tem como alicerces um forte e incontrolável talento, que transparece através de MUITO trabalho e convicção. Ela usa a sua sábia intuição sob a forma de uma invulgar inteligencia que reflecte

Ser Mulher:

Ser MULHER é: Ser feminina e masculina; É ser anjo e ser diabo; É ser meiga e ser agressiva; É ser a criatura mais bela e a mais feia; É ser divino e é ser um monstro; É ser vítima e ser culpada; É ser frágil e ser forte; É ser leoa e é ser uma serpente; É ser sonhadora e provocar pesadelos; É ser heroína e um ser cobarde; É ser amiga e inimiga; É inteligente e é tão ingénua; É corajosa e é medrosa; É activa e é passiva; É livre e é escrava; É paz e guerra; É serenidade e caos; É de estremos onde a busca pelo equilíbrio é uma odisseia... É... Uma incógnita... É hormonal;  É lunar; É sábia; É intuitiva...  É estrogênio e testosterona; É um ser acordado e tão adormecido; É do verbo Fazer e do verbo Sentir; É do verbo Amar; É do verbo Odiar; É ser criadora e destruidora; É gerar Vida e Morte; É a essência deste mundo; É a alma esquecida desta sociedade; É um ser simples e ao mesmo tempo um ser tão complexo; É um

Entrevista à In Dancing Shoes

http://www.indancingshoes.com/2013/09/a-conversa-comsara-naadirah-e-o-que-o.html À Conversa com...Sara Naadirah "É o que o meu trabalho é: Precioso e uma Escolha Rara!" Sara Naadirah  nasceu em 1979 em Portugal e desde cedo teve contacto com a dança, frequentando aulas de ballet. Foi aí, na academia onde tinha aulas de ballet, que Sara se sentiu atraída por uma melodia diferente... a música árabe! E assim o ballet foi trocado pela dança oriental. Sara Naadirah, este nome surgiu como? Quando comecei a minha carreira como bailarina profissional, senti a necessidade de ter um nome artístico que refletisse a minha dança. Assim, escolhi Naadirah (Sara é o meu nome verdadeiro). O que significa Naadirah? Significa Preciosa ou Escolha Rara. É o que o meu trabalho é: precioso e é uma escolha de vida rara. Do ballet para a dança oriental...era uma mudança inevitável? Curiosamente não foi a dança oriental que me chamou primeiro a atenção mas a musica árabe. Foi por esta que me

Dez anos, dez ciclos

Foi há precisamente 10 anos que comecei a actuar e a ensinar, aquela que viria a ser a paixão da minha vida: Dança Oriental. Dez anos... dez ciclos... que dariam dez livros, dez lições de vida, dez intensas experiencias que não trocaria por nada. Há dez anos atrás, contra tudo e todos (literalmente), extremamente ingenua mas com uma força que desconhecia, decidia: QUERO FAZER AQUILO QUE GOSTO. E fiz. Decidi agarrar a minha vida, tomar e responsabilizar-me pelas minhas opções, sempre como guia o meu coração e a minha intuição.  Claro, que não foi o caminho mais obvio e esperado. Ser feliz requer coragem e personalidade. Foram sim dez anos duros, dez ciclos sem rede e dez amadurecimentos. Ser bailarina (por vocação e não por vaidade) é isto... foram dez danças viscerais, dez improvisações profundas, dez mortes e dez renascimentos. Depois de umas férias... que diria que foram... desintoxicantes, finalmente, consegui acordar de um estado de zombie que me encontrava.

O meu trigésimo terceiro ano:

  Quem me segue, aqui pelo blog, sabe que no final de cada época lectiva (que coincide com a passagem de mais um aniversário meu) faço um balanço do que foi o último ano. Posso dizer que: se o ano passado tinha sido o ano da desilusão e difícil, este foi o ano do desencantamento e bem duro. Sempre ouvi dizer que, tudo que é belo, tem de passar pelo fogo. Que este purifica. Torna mais autentico.  Foi pelo Fogo que que passei este meu trigésimo terceiro ano de vida... e, com muita dificuldade, lágrimas, incertezas, desencantamentos, quase a rastejar (muitas das vezes) consegui sobreviver.  Esta é a palavra certa: SOBREVIVI! Quem me conhece sabe, que não me mascaro com relatos que a minha vida (apesar de fazer o que quero) é só glamour e facilidades. MUITO PELO CONTRÁRIO!!! Quando decidi - há 10 anos atrás - que iria seguir o meu destino, não imaginava a coragem e determinação que precisaria de ter. Decidir não seguir a "carneirada" (tanto como bailarina e como

Aulas Semanais . Época Setembro 13 a Julho 14

Aulas de Dança Oriental   Sara Naadirah 15 Set.13 / 25 Jul.14 Destinado a todos que pretendem aprender dignamente a arte milenar que é a  Dança Oriental. O meu método, reconhecido e eficaz é o resultado de 10 anos de ensino a centenas de alunos. ATREVA-SE A EXPERIMENTAR E SURPREENDA-SE!! OEIRAS E LISBOA OEIRAS Espaço InSoul ( Rua Melvin Jones, nº 1, loja 1A, Nova Oeiras - 21 441 13 73 / 93 842 15 43) www.insoul.pt Inicio a 18 Setembro até 23 Julho Quartas Feiras: Nível Iniciado– 19h30 às 20h30 Nível Intermédio– 20h30 às 21h30 Mensalidade: 35€ (sem valor de inscrição) Informações e inscrições contacte: saranaadirah@gmail.com ou 914258256 LISBOA, Estefânia Espaço Dançattitude (Travessa Escola Araújo, nº3 A) www.dancattitude.com Inicio a 17 Setembro  até 22 Julho Terças Feiras: Nível Iniciado– 19h às 20h – 35€ Intermédio/Avançado– 20h às 21h30 – 37,5€ (inscrição: 7,5€ para seguro) Informações

Eventos de final de ano a não perder!

Aqui vão sugestões: . 6 Julho, 21h – Gala Final de Ano Dançattitude, no auditório da ADCEO (Encarnação) com a minha participação e a da minha turma – informações: www.dancattitude.com . 18 Julho, 21h – espetáculo DRUMZY com Hossam Ramzy e Serena (percussionista mundialmente conhecido e a sua esposa e bailarina), no auditório Orlando Ribeiro (Telheiras) - Informações: www.juditedilshad.com . 19 Julho, 21h – Espactáculo Final de Ano Mahtab, no autidório Orlando Ribeiro (Telheiras) com a participação da minha turma – Informações: contactar estudio Mahtab - http://www.mahtab.com.pt/ . 20 Julho, 21h – Prémio Dançattitude GRUPOS, no auditório da ADCEO (Encarnação) onde estarão a competir dois grupos de alunas minhas - informações: http://premiodancattitudegrupos.weebly.com/index.html E já na próxima época: .  SETEMBRO 13  – espactáculo Mahtab "As Mil e Uma Noites&quo

Moderno Oriental???

Afinal o que é isto de Moderno Oriental ou Moderno Árabe? Um estilo novo? Uma dança nova? Uma nova vertente? Simplifico: é a mais pura e real Dança do Oriente. Confusos???  Ora pensem um pouquinho:  O que é a D. O. senão a nossa e individual expressão corporal, vinda directamente da alma numa linguagem ancestral e universal?! A meu ver, o Moderno Oriental ou Árabe (como quiserem chamar) não é mais que o título rotulando a contemporânea tendência desta dança. Mas, que tendência é esta?? Para perceber o que se passa hoje em dia com a D.O. tem de se recuar no tempo e saber o mínimo da história desta e, o mais importante, o que é a essência da D.O. Se analisarmos bem o percurso da D.O. ao longo dos tempos, percebemos (entre muitos aspectos) dois que acho importante para o assunto: 1º - a essência sagrada que esta possuía foi-se perdendo dando lugar a uma dança - embora rica em movimentos - superficial; 2º - dessa superficialidade evoluiu para uma dança comercial on

Partiu... para um descanso mais que merecido

Hoje partiu, aos 94 anos, uma Mulher com letra grande.  Um ser que soube ser mãe, esposa, avó, amiga dos seus amigos. Um ser que define o que é ser mulher. Era a minha avó... uma das pessoas mais inspiradoras que tive a honra de conhecer e conviver. Cuidou de mim nos meus primeiros dias de vida, quando a minha mãe recuperava de uma gravidez difícil e ensinou-me, através do seu exemplo, algumas das minhas maiores lições de vida. Sou a neta fisicamente mais parecida com ela, mas herdei também a coragem e determinação que possuía sem nunca perder valores e generosidade. Embora nunca me tenha visto dançar, toda a minha dança é um reflexo da força que me passava. Era uma mulher genuína como há raras hoje em dia... agora está a ter o seu descanso merecido. O seu legado continua vivo comigo e com a minha irmã que passará, de certeza, para os nossos descendentes. Sei que olhará por mim onde quer que esteja porque, ao  despedir-me dela, simplesmente sorriu-me, sem uma unica palavra

Que tarde bem passada!

E foi mesmo, o convívio que aconteceu no passado sábado, com direito a sala cheia. Sinceramente, não pensei que aparecesse tanta caras conhecidas. Desde alguns colegas, a alunas, familiares e amigos falou-se e comentou-se aspectos muitas vezes negligenciados sobre a Dança Oriental, num ambiente informal e de partilha. Entre chá e bolinhos, todos falaram e expressaram as suas opiniões, enquanto assistiam às performances de algumas das minhas corajosas  alunas, que, com um certo receio, expuseram as suas danças simples mas magnificas. Haverá mais, Prometo!!!!