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À Conversa com...Sara Naadirah "É o que o meu trabalho é: Precioso e uma Escolha Rara!"
Sara Naadirah nasceu em 1979 em Portugal e desde cedo teve contacto com a dança, frequentando aulas de ballet. Foi aí, na academia onde tinha aulas de ballet, que Sara se sentiu atraída por uma melodia diferente... a música árabe! E assim o ballet foi trocado pela dança oriental.
Sara Naadirah, este nome surgiu como?
Quando comecei a minha carreira como bailarina profissional, senti a necessidade de ter um nome artístico que refletisse a minha dança. Assim, escolhi Naadirah (Sara é o meu nome verdadeiro).
O que significa Naadirah?
Significa Preciosa ou Escolha Rara. É o que o meu trabalho é: precioso e é uma escolha de vida rara.
Do ballet para a dança oriental...era uma mudança inevitável?
Curiosamente não foi a dança oriental que me chamou primeiro a atenção mas a musica árabe. Foi por esta que me apaixonei primeiro e claro, consequentemente, veio a dança. Foi como um chamamento que mudou, literalmente, a minha vida, o meu sentir, o meu estar. Encantamento esse que dura até hoje.
E porquê a dança oriental?
E porque não? Sempre soube, desde criança, que o meu dom era a dança. Fiz diversos estilos mas foi a Dança Oriental que mais me cativou. Senti uma identificação fora do comum com este estilo desde as primeiras aulas. Encaixava-se perfeitamente no meu corpo e na maneira de me expressar. Esta dança desafia-me de tal maneira - fisicamente, psicologicamente e espiritualmente - que nunca me deixa acomodar. Hoje, como bailarina/artista permite que minha sede de criação não tenha limites. É realmente uma dança que me provoca, e faz-me ir mais além do que o óbvio. Foi sempre isso que quis como bailarina.
Sendo oriundo de uma cultura completamente diferente da nossa, existe muito preconceito relacionado com este estilo de dança?
Quando comecei, há 12 anos atrás, era praticamente desconhecida. E como em tudo, o que não se conhece, julga-se com base na ignorância que gera preconceito.
Sinto uma grande diferença desde essa altura para os dias de hoje. Está melhor, mas a Dança Oriental em Portugal, como no resto do mundo, ainda tem um longo caminho a percorrer até ser completamente aceite e respeitada.
Na minha opinião e experiência, a dança está intimamente ligada à condição que a mulher impõe a ela própria, ou seja, se eu não me respeito, como ser humano e mulher, então não dignificarei a minha dança, pois esta é o espelho da minha alma, e estarei a contribuir para esse saco de ignorância e criticas.
Qual a importância da identificação com a cultura árabe para quem pratica dança oriental?
A Dança Oriental, neste momento, é universal. Expandiu-se para fora da sua cultura. Pessoalmente, não acho que tenhamos de nos identificar completamente com a cultura árabe. Mas, claro que se se sentir alguma afinidade com a cultura árabe melhor, pois mais profundamente irá assimilá-la e compreende-la.
Quais as principais dificuldades que sentes no dia-a-dia?
A maior dificuldade que encontro é impor ao público o respeito que tenho de mim através da minha arte. Quebrar séculos de preconceitos que estão fortemente enraizados na nossa sociedade através da arte/dança, sem cair na comum vulgaridade que tristemente se vê, esse sim é o grande desafio e dificuldade.
É difícil sobreviver nesta área?
Se é difícil sobreviver? Sim é, como qualquer artista que ame a sua arte. É lutar diariamente na instabilidade se há trabalho ou não e lutar a cada dança pela sua dignificação.
O que poderia ser feito para ajudar a Dança Oriental a ganhar visibilidade em Portugal?
Melhores e mais sérios profissionais de Dança Oriental. Não adianta ir dançar para os media, espetáculos, eventos, festas e dar mil e uma aulas se o exemplo de quem se diz bailarino de Dança Oriental não reflete seriedade, compromisso e saber. Subestima-se muito o público, mas ele não é “parvo” e só se deixa encantar se sentir profundo profissionalismo e alma daquela bailarina/o.
Quais os teus próximos projetos?
Encantar quem me vê e aprende comigo! Todo o meu trabalho vai estando publicitado no meu site www.saranaadirah.com e blog www.saranaadirah.blogspot.
Sara Naadirah, este nome surgiu como?
Quando comecei a minha carreira como bailarina profissional, senti a necessidade de ter um nome artístico que refletisse a minha dança. Assim, escolhi Naadirah (Sara é o meu nome verdadeiro).
O que significa Naadirah?
Significa Preciosa ou Escolha Rara. É o que o meu trabalho é: precioso e é uma escolha de vida rara.
Do ballet para a dança oriental...era uma mudança inevitável?
Curiosamente não foi a dança oriental que me chamou primeiro a atenção mas a musica árabe. Foi por esta que me apaixonei primeiro e claro, consequentemente, veio a dança. Foi como um chamamento que mudou, literalmente, a minha vida, o meu sentir, o meu estar. Encantamento esse que dura até hoje.
E porquê a dança oriental?
E porque não? Sempre soube, desde criança, que o meu dom era a dança. Fiz diversos estilos mas foi a Dança Oriental que mais me cativou. Senti uma identificação fora do comum com este estilo desde as primeiras aulas. Encaixava-se perfeitamente no meu corpo e na maneira de me expressar. Esta dança desafia-me de tal maneira - fisicamente, psicologicamente e espiritualmente - que nunca me deixa acomodar. Hoje, como bailarina/artista permite que minha sede de criação não tenha limites. É realmente uma dança que me provoca, e faz-me ir mais além do que o óbvio. Foi sempre isso que quis como bailarina.
Sendo oriundo de uma cultura completamente diferente da nossa, existe muito preconceito relacionado com este estilo de dança?
Quando comecei, há 12 anos atrás, era praticamente desconhecida. E como em tudo, o que não se conhece, julga-se com base na ignorância que gera preconceito.
Sinto uma grande diferença desde essa altura para os dias de hoje. Está melhor, mas a Dança Oriental em Portugal, como no resto do mundo, ainda tem um longo caminho a percorrer até ser completamente aceite e respeitada.
Na minha opinião e experiência, a dança está intimamente ligada à condição que a mulher impõe a ela própria, ou seja, se eu não me respeito, como ser humano e mulher, então não dignificarei a minha dança, pois esta é o espelho da minha alma, e estarei a contribuir para esse saco de ignorância e criticas.
Qual a importância da identificação com a cultura árabe para quem pratica dança oriental?
A Dança Oriental, neste momento, é universal. Expandiu-se para fora da sua cultura. Pessoalmente, não acho que tenhamos de nos identificar completamente com a cultura árabe. Mas, claro que se se sentir alguma afinidade com a cultura árabe melhor, pois mais profundamente irá assimilá-la e compreende-la.
Quais as principais dificuldades que sentes no dia-a-dia?
A maior dificuldade que encontro é impor ao público o respeito que tenho de mim através da minha arte. Quebrar séculos de preconceitos que estão fortemente enraizados na nossa sociedade através da arte/dança, sem cair na comum vulgaridade que tristemente se vê, esse sim é o grande desafio e dificuldade.
É difícil sobreviver nesta área?
Se é difícil sobreviver? Sim é, como qualquer artista que ame a sua arte. É lutar diariamente na instabilidade se há trabalho ou não e lutar a cada dança pela sua dignificação.
O que poderia ser feito para ajudar a Dança Oriental a ganhar visibilidade em Portugal?
Melhores e mais sérios profissionais de Dança Oriental. Não adianta ir dançar para os media, espetáculos, eventos, festas e dar mil e uma aulas se o exemplo de quem se diz bailarino de Dança Oriental não reflete seriedade, compromisso e saber. Subestima-se muito o público, mas ele não é “parvo” e só se deixa encantar se sentir profundo profissionalismo e alma daquela bailarina/o.
Quais os teus próximos projetos?
Encantar quem me vê e aprende comigo! Todo o meu trabalho vai estando publicitado no meu site www.saranaadirah.com e blog www.saranaadirah.blogspot.
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