Avançar para o conteúdo principal

Dez anos, dez ciclos

Foi há precisamente 10 anos que comecei a actuar e a ensinar, aquela que viria a ser a paixão da minha vida: Dança Oriental.
Dez anos... dez ciclos... que dariam dez livros, dez lições de vida, dez intensas experiencias que não trocaria por nada.
Há dez anos atrás, contra tudo e todos (literalmente), extremamente ingenua mas com uma força que desconhecia, decidia: QUERO FAZER AQUILO QUE GOSTO.


E fiz. Decidi agarrar a minha vida, tomar e responsabilizar-me pelas minhas opções, sempre como guia o meu coração e a minha intuição. 
Claro, que não foi o caminho mais obvio e esperado. Ser feliz requer coragem e personalidade. Foram sim dez anos duros, dez ciclos sem rede e dez amadurecimentos. Ser bailarina (por vocação e não por vaidade) é isto... foram dez danças viscerais, dez improvisações profundas, dez mortes e dez renascimentos.


Depois de umas férias... que diria que foram... desintoxicantes, finalmente, consegui acordar de um estado de zombie que me encontrava.
Recuperei o meu objectivo, refoquei-me e toda a minha atenção será, em primeiríssimo lugar, para uma unica pessoa: EU.
Hoje começa um novo ano, um novo ciclo... não faço ideia do que me espera, já deixei há muito de fazer planos. Na dança como na vida, improviso... mas com uma certeza: estou bem mais otimista que há um ano atras. Sinto-me mais viva e amadurecida que nunca.
Que mais uma época comece e que mais uma dança se inicie: YALLA!!!!


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula22

 Querido Diário: Se há coisa que me deixa mesmo irritada, é quando acontecem imprevistos de última hora que comprometem condições mínimas para dar uma aula. E, na #aula22, isso aconteceu. Minutos antes de “me ligar”, a câmara decide não colaborar e não conecta para seguir o online. Fico possessa. Se há coisa me desorienta profundamente é algo que não domino ou controlo e a tecnologia , sempre foi o meu “calcanhar de Aquiles”. Respiro fundo. Rapidamente percebo que não vale a pena contrariar o que não controlo. E, faço o que faço sempre: passo para o improviso. O importante é seguir com a aula -The Show Must Go On - com o que tiver à disposição. Resolvo o melhor que consigo e a aula segue. Mas, a irritação permanece ainda mais um pouco... detesto dar aula assim: stressada e irritada... Gosto de usufruir e dar o meu melhor àquelas alunas que tiram do seu tempo para aprender comigo e ontem, não consegui  melhor... E por isso, senti que foi uma aula 2 es...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula21

 Querido Diário: A aula desta semana teve sabor a Carnaval e com um pouquinho de “samba no pé”. Aconteceu logo pela manhã e que bem que soube! Poder acordar com calma e começar o dia a dançar é um luxo. Nem todos podem e nem todos querem... Confesso que sou uma pessoa noturna, mas, forço-me a fazer algum exercício regular pela manhã e sempre que é possível, dou também aulas. Ao início custou-me, mas depois, habituei-me. Não só desperta o corpo, mas, e principalmente, alimenta (e bem) a alma. Sinto que fico nutrida para o resto do dia, com mais energia, com melhor humor e sem sentir tanto dramatismo. Dançar pode não curar depressões, mas (e disto tenho a certeza) Alivia, Descomprime, Descomplica. Dá outra perspetiva . Mostra que é possível superar Dor, Desanimo, Solidão.   Dançar pode funcionar como antidepressivo natural que está ao alcance de todos. Usa e Abusa. Seja de manhã, à tarde ou à noite. Samba ou Dança Oriental... o importante é Dan...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula24

  Querido Diário: E, depois da tempestade, a Primavera - finalmente - apareceu. Estou ansiosa pela mudança da hora para a aula acontecer ainda com luz. Adoro dançar ao anoitecer com o pôr do sol como pano de fundo. Dá outra energia e renova a disposição. Porque #aula23 começou com neura... sem ver “luz ao fundo do túnel” e a tomar decisões minutos antes que custam mas têm de ser feitas. Toda a mudança de ciclo é dolorosa. Mas, o não saber o que virá... é pior ainda. São nestes momentos em que minha mente está sobrecarregada a fazer muito barulho e que só me apetece “desligar” que me disciplino a manter a rotina de treino físico e, claro - porque há também um compromisso - as aulas que dou. As alunas merecem o meu melhor, independentemente das “neuras” da vida. Mas, é aqui que a Dança faz a sua magia. Sei, por experiência de outras fases que, até pode custar - muito - começar, mas depois a Dança faz o seu trabalho terapêutico em nós. Não que nos resolva os problemas, m...