Avançar para o conteúdo principal

A Dança Oriental em Mim... II

Ana Gradim, 20 anos, 3 semanas de aulas


"Sou das alunas que tem apenas uns dias de aulas, mas no entanto sinto que já aprendi bastante. Não claro quanto à técnica, essa já vi que vai demorar muito a aperfeiçoar, ou pelo menos até ficar ao nível das alunas mais velhas, mas quanto ao que a Dança Oriental me transmite isso sim já aprendi algo.
Antes de a aula começar tenho a cabeça ocupada com os meus “problemas” do dia-a-dia, com as minhas preocupações, com o que fiz ou tenho de fazer. No entanto quando começa a tocar a música, mesmo antes de qualquer dança, sinto a minha cabeça a ficar vazia. Mas não no mau sentido. Fica vazia porque apenas me concentro na música, na sua melodia e em como me posso expressar dançando. Claro que por ter apenas três semanas de aulas ainda me preocupo muito com o que estou a fazer, a dança não me sai naturalmente. Não sei ainda ao certo o que esta dança me transmite, estou sempre com a máxima atenção ao que se passa à minha volta e nem tenho oportunidade de me olhar ao espelho, mas acredito que com o passar do tempo isso será possível e então possa desfrutar mais. No início da aula de certa forma sinto-me mal, quase não me mexo, no entanto a musica absorve-me de tal maneira que esses pensamentos ficam para trás. Em certos momentos dou por mim parada e completamente distraída a observar as minhas colegas, como elas se mexem com a maior naturalidade. Quero um dia também eu ser assim.
Quando a aula termina, pode parecer estranho, mas tenho sempre imenso sono… Penso que isso se deva ao facto de estar relaxada, e digo-vos é uma sensação óptima.
A Dança Oriental em mim está a tornar-se algo de maravilhoso."

Comentários

  1. A tua descrição corresponde precisamente ao que eu sentia nas minhas primeiras aulas. Vais ver que daqui para a frente só melhora! :D

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula34

 Querido Diário, Foi no passado sábado que aconteceu a terceira aula presencial (e última) desta época lectiva. Estas aulas extraordinárias são importantes. Essenciais para podermo-nos conectar sem o filtro do OnLine. Como já tinha dito anteriormente, por uma questão prática - e não só - as aulas online são eficazes e resultam mas, nada substitui o estar, o “olho no olho”, o toque, o sentir no presencial. O ser humano é um bicho social que precisa desta troca energética e, na dança é fundamental. Por isso, estas aulas esporádicas tornaram-se um encontro ainda mais especial. Porque ali, naquele espaço seguro, aproveitamos ao máximo cada momento. Cada riso. Cada movimento. Cada silêncio reflectido num olhar. Cada palavra traduzida numa dança. Saímos com a alma leve. Com a sensação que valeu cada minuto. Nestas aulas, faço questão de levar a minha filha, que vê e aprende, sem pressões ou espectativas, a minha arte. Assiste ao respeito que nutro pelas alunas neste ...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula33

 Querido Diário, O nosso estado de espírito influencia a qualidade da nossa dança. Sempre senti isso. Junho, sol, feiras populares é sinónimo de boa disposição que se reflecte logo na dança. Foi nesse espírito que aconteceu a #aula33 e foi uma aula 5 estrelas. Houve disponibilidade para a criatividade onde a Improvisação - com método - foi rainha. É impressionante como é na prática que se consegue (também) os resultados. Com regularidade nas aulas, as alunas estão cada vez mais, à vontade para Improvisar e, a fazê-lo bem. Como já disse várias vezes, Improvisar custa. Não é algo óbvio ou intuitivo. Não basta ter talento. Tem de haver investimento de tempo a ir às aulas. Disciplina para cumprir um método de trabalho técnico e, muita vontade. De superar desafios, metas e até, crenças.   Segue-se, uma aula presencial... estou ansiosa para estar com as alunas e partilhar energias e claro, dança... muita dança. Depois conto-vos tudo!

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula32

 Querido Diário, E chegámos ao final do mês de Maio e a #aula32 acontece numa data muito particular para mim... Foi o dia que comemorei 18 anos de casamento. Sim. 18 anos. Enquanto dava a aula - online, no meu estúdio em casa - o meu marido cuidava e, preparava algo especial e diferente para nós usufruirmos depois da aula terminar e a filhota dormir. A presença e o incentivo por quem nos conhece e acompanha é fundamental no sucesso de quem escolhe uma vida artística. De uma maneira diferente de há mais de 20 anos atrás, hoje, o meu também marido, continua a respeitar e a apoiar o meu percurso que é muito mais do que se vê nos “palcos”. Os bastidores deles são de uma brutalidade inexplicável que só quem os vive sabe. E o meu companheiro de há 25 anos, sabe. Ele vive, e viveu, todos estes espaços e momentos comigo. Todos os altos e baixos. Para bem e para o mal. Talvez seja isso que é verdadeiramente um casamento. Na festa, precisamente há 18 anos atrás, dancei... e o...