Avançar para o conteúdo principal

A Dança Oriental em Mim... VI

Anonimo, dança há um mês

Não sei muito bem como poderei explicar o efeito da "dança oriental em mim" porque simplesmente não a danço! Sinto-me a maior parte das vezes um automato, sem qualquer sentido de ritmo ou graciosidade. Mas, de vez em quando, em pequenos momentos - e sei que vais ficar surpreendida - sinto-me verdadeiramente bem!
Não consigo explicar-te a sensação, mas há alguns segundos por aula onde me sinto confiante, sexy, descontraída. Faz sentido?

Este ano foi bastante complicado para mim. A todos os níveis. Ultrapassei algo muito difícil, que acho - tenho a certeza, embora nunca a admita a ninguém - que me traumatizou. Fisicamente debilitou-me e deixou-me, como sabes, uma marca enorme. Pode parecer futilidade, mas custa-me ver-me assim. E isso, retirou-me a segurança, a confiança e fez-me ficar diferente. Talvez tenha ainda passado pouco tempo, mas sinto que perdi algo. 
Dançar (ou tentar!) nas tuas aulas, restitui-me, mesmo que por momentos, o que eu era. Não é sempre, não é constante, mas acredito que com o tempo vão ser cada vez mais os momentos assim. 
As aulas passam a correr e fico chateada de pensar que haverá vezes em que não poderei ir! Saio das tuas aulas SEMPRE de alma lavada. Leve e feliz. Agora, imagina o que será quando finalmente conseguir fazer um shimmy!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula22

 Querido Diário: Se há coisa que me deixa mesmo irritada, é quando acontecem imprevistos de última hora que comprometem condições mínimas para dar uma aula. E, na #aula22, isso aconteceu. Minutos antes de “me ligar”, a câmara decide não colaborar e não conecta para seguir o online. Fico possessa. Se há coisa me desorienta profundamente é algo que não domino ou controlo e a tecnologia , sempre foi o meu “calcanhar de Aquiles”. Respiro fundo. Rapidamente percebo que não vale a pena contrariar o que não controlo. E, faço o que faço sempre: passo para o improviso. O importante é seguir com a aula -The Show Must Go On - com o que tiver à disposição. Resolvo o melhor que consigo e a aula segue. Mas, a irritação permanece ainda mais um pouco... detesto dar aula assim: stressada e irritada... Gosto de usufruir e dar o meu melhor àquelas alunas que tiram do seu tempo para aprender comigo e ontem, não consegui  melhor... E por isso, senti que foi uma aula 2 es...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula21

 Querido Diário: A aula desta semana teve sabor a Carnaval e com um pouquinho de “samba no pé”. Aconteceu logo pela manhã e que bem que soube! Poder acordar com calma e começar o dia a dançar é um luxo. Nem todos podem e nem todos querem... Confesso que sou uma pessoa noturna, mas, forço-me a fazer algum exercício regular pela manhã e sempre que é possível, dou também aulas. Ao início custou-me, mas depois, habituei-me. Não só desperta o corpo, mas, e principalmente, alimenta (e bem) a alma. Sinto que fico nutrida para o resto do dia, com mais energia, com melhor humor e sem sentir tanto dramatismo. Dançar pode não curar depressões, mas (e disto tenho a certeza) Alivia, Descomprime, Descomplica. Dá outra perspetiva . Mostra que é possível superar Dor, Desanimo, Solidão.   Dançar pode funcionar como antidepressivo natural que está ao alcance de todos. Usa e Abusa. Seja de manhã, à tarde ou à noite. Samba ou Dança Oriental... o importante é Dan...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula24

  Querido Diário: E, depois da tempestade, a Primavera - finalmente - apareceu. Estou ansiosa pela mudança da hora para a aula acontecer ainda com luz. Adoro dançar ao anoitecer com o pôr do sol como pano de fundo. Dá outra energia e renova a disposição. Porque #aula23 começou com neura... sem ver “luz ao fundo do túnel” e a tomar decisões minutos antes que custam mas têm de ser feitas. Toda a mudança de ciclo é dolorosa. Mas, o não saber o que virá... é pior ainda. São nestes momentos em que minha mente está sobrecarregada a fazer muito barulho e que só me apetece “desligar” que me disciplino a manter a rotina de treino físico e, claro - porque há também um compromisso - as aulas que dou. As alunas merecem o meu melhor, independentemente das “neuras” da vida. Mas, é aqui que a Dança faz a sua magia. Sei, por experiência de outras fases que, até pode custar - muito - começar, mas depois a Dança faz o seu trabalho terapêutico em nós. Não que nos resolva os problemas, m...