Uma
das minhas missões de vida é o ensino. Amo ensinar. A felicidade que é ajudar a
potenciar mulheres através da Dança Oriental, mas, se o estúdio de dança é o
meu amor, o palco é a minha paixão. No estúdio de dança cumpro. No palco
realizo. É lá que me sinto plena. Que me conecto com o meu EU. Que me
desconecto com este mundo e entro no meu universo.
Adoro o mundo do espetáculo. Os bastidores, os cheiros das
maquilhagens, o barulho nos camarins, a correria dos técnicos, os risos
nervosos dos artistas… Adoro tudo. Desde a sua idealização à concretização.
Nunca compreendi de onde vem esta paixão. Simplesmente tenho-a. Acho que nasceu
comigo e despertou quando pisei o palco a primeira vez... tinha 4 anos. E desde
aí nunca mais parei. Com muito trabalho, teimosia e resiliência consegui, ao
longo de quase 20 anos de profissão, realizar os espetáculos que idealizo. Sem
favores, amigos no show bizz ou promotores. Só com a minha visão, talento e
contando com colegas e alunas maravilhosas que me acompanharam e aceitaram os
desafios que lhes propunha.
Não imaginam o que custa montar um espectáculo. À custa de MUITO
trabalho e à custa de MUITO dinheiro. E sim, esse dinheiro saiu sempre do meu
bolso, na esperança que houvesse algum retorno da bilheteira. Não é fácil
conseguir o palco ideal, os técnicos certos e o marketing eficaz. É uma indústria
que se mexe se houver interesse e dinheiro envolvido... não é nada fácil. E
percebam: não confundam espectáculos com saraus de alunos ou breves actuações
em espaços ou eventos. Isso é outra coisa, que tem também os seus desafios e importância
mas é outro tipo de show.
Já tenho idealizado o meu próximo espectáculo. Tenho-o todo
esboçado na minha mente. Mas não tenho (ainda) meios para o fazer. Nem
condições. Nem o panorama em que vivemos o permite. Por isso, não sei para
quando um novo espectáculo meu. Porque tudo tem o seu momento certo e quando o
fizer, é mesmo para FAZER. Porque feito não é o mesmo que perfeito. E eu quero perfeccionismo.
Senão for assim prefiro ficar quieta. Sem amadorismos. Sem ser em "cima do
joelho". Com uma equipa eficaz a trabalhar nele. Onde eu possa
dançar em pleno. Onde possa realizar-me e viver o meu sonho: (e)levar a Dança
que amo aos palcos que ela merece.
Comentários
Enviar um comentário