Avançar para o conteúdo principal

Pergunta 5 - Qual é a tua maior inspiração?

 A VIDA.

As minhas vivencias. Experiências. Boas e Más. 

Sei que esperavam que dissesse que seria uma bailarina, um mestre, um familiar, um amigo... mas não. São as experiências que tenho com todos eles. Porque a dança aprende-se no estúdio mas dançar aprende-se com a Vida.  

São também os filmes que assisto, as pinturas que observo, os concertos que oiço, os espectáculos que me marcam. São as viagens que faço. São o contacto com outras culturas que adoro. É VIVER, é estar atenta, é ouvir, é observar, é pensar, é sentir. É explorar o meu Eu. É ser Eu própria. E acabo por ser a minha maior inspiração. Porque tudo depende de mim.

Mas, posso dizer que quando vou dançar, seja em aula, seja no palco ou no meu recanto, a música acorda algo em mim. Esta suporta os meus movimentos e justifica a emoção que transparece neles. Não há dança sem música e toda a música é embelezada pela dança. É o meu estado de espírito - que vem dessas minhas vivencias - que faz escolher uma determinada musica mas depois é esse som que faz sair o movimento de mim. Tudo numa simbiose perfeita. 

Por isso, VIVAM! OIÇAM! SINTAM! Não reprimem, no vosso palco, os vossos sentimentos. Tenham ousadia em ser transparentes e sinceras com a vossa dança. Só assim vale a pena. Só assim, a Dança pode servir como inspiração para a vossa vida se o contrário ainda não for possível. Experimentem... vão-se surpreender.





Comentários

Mensagens populares deste blogue

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula32

 Querido Diário, E chegámos ao final do mês de Maio e a #aula32 acontece numa data muito particular para mim... Foi o dia que comemorei 18 anos de casamento. Sim. 18 anos. Enquanto dava a aula - online, no meu estúdio em casa - o meu marido cuidava e, preparava algo especial e diferente para nós usufruirmos depois da aula terminar e a filhota dormir. A presença e o incentivo por quem nos conhece e acompanha é fundamental no sucesso de quem escolhe uma vida artística. De uma maneira diferente de há mais de 20 anos atrás, hoje, o meu também marido, continua a respeitar e a apoiar o meu percurso que é muito mais do que se vê nos “palcos”. Os bastidores deles são de uma brutalidade inexplicável que só quem os vive sabe. E o meu companheiro de há 25 anos, sabe. Ele vive, e viveu, todos estes espaços e momentos comigo. Todos os altos e baixos. Para bem e para o mal. Talvez seja isso que é verdadeiramente um casamento. Na festa, precisamente há 18 anos atrás, dancei... e o...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula22

 Querido Diário: Se há coisa que me deixa mesmo irritada, é quando acontecem imprevistos de última hora que comprometem condições mínimas para dar uma aula. E, na #aula22, isso aconteceu. Minutos antes de “me ligar”, a câmara decide não colaborar e não conecta para seguir o online. Fico possessa. Se há coisa me desorienta profundamente é algo que não domino ou controlo e a tecnologia , sempre foi o meu “calcanhar de Aquiles”. Respiro fundo. Rapidamente percebo que não vale a pena contrariar o que não controlo. E, faço o que faço sempre: passo para o improviso. O importante é seguir com a aula -The Show Must Go On - com o que tiver à disposição. Resolvo o melhor que consigo e a aula segue. Mas, a irritação permanece ainda mais um pouco... detesto dar aula assim: stressada e irritada... Gosto de usufruir e dar o meu melhor àquelas alunas que tiram do seu tempo para aprender comigo e ontem, não consegui  melhor... E por isso, senti que foi uma aula 2 es...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula24

  Querido Diário: E, depois da tempestade, a Primavera - finalmente - apareceu. Estou ansiosa pela mudança da hora para a aula acontecer ainda com luz. Adoro dançar ao anoitecer com o pôr do sol como pano de fundo. Dá outra energia e renova a disposição. Porque #aula23 começou com neura... sem ver “luz ao fundo do túnel” e a tomar decisões minutos antes que custam mas têm de ser feitas. Toda a mudança de ciclo é dolorosa. Mas, o não saber o que virá... é pior ainda. São nestes momentos em que minha mente está sobrecarregada a fazer muito barulho e que só me apetece “desligar” que me disciplino a manter a rotina de treino físico e, claro - porque há também um compromisso - as aulas que dou. As alunas merecem o meu melhor, independentemente das “neuras” da vida. Mas, é aqui que a Dança faz a sua magia. Sei, por experiência de outras fases que, até pode custar - muito - começar, mas depois a Dança faz o seu trabalho terapêutico em nós. Não que nos resolva os problemas, m...