Avançar para o conteúdo principal

Os meus "camarins"!!!

Eu devia fazer um álbum de fotos, ou melhor de cromos, dos diversos "camarins" por onde já passei. Eu nem sei se camarim é a palavra certa para espaços onde... cada um é pior que o outro!!!
O último cromo foi no passado sábado, onde fui especialmente convidada a dançar, para um grupo de pessoas num jantar de anos.
Comecei logo a rir quando me deparei (e mais uma vez) com um corredor para dançar. Quem me contratou garantiu-me que o restaurante tinha imenso espaço, pois sim... quem não dança decididamente não sabe o que é espaço para dançar. Enfim... véu e bastão só um cheirinho... e pensei logo: "imagino onde me vou vestir!!!"
Não, não imaginava...
Dirigem-me para a cozinha, onde tinha umas escadas íngremes, cheias de gordura, subo e vou ter a uma recadação tipo sótão, cheio de tralha, com um espaço livre que só dava para pousar a mala da roupa! E para completar o cenário, estava lá outra bailarina (a que dança nesse restaurante) também a vestir-se!!!!
Lá nos entendemos e nos ajeitamos com o pouco espaço, começo-me a trocar e percebo que tenho de que ter cuidado com os olhares dos cozinheiros, pois o nosso "camarim" não tinha porta!!!!
Desta vez solto uma gargalhada...
É indescritível os locais por onde já me troquei... só vendo mesmo, até numa tenda onde não dava para me por de pé!!!
Claro que já me habituei e agora decido rir das situações mais caricatas que vou passando... e se isso influencia a qualidade da minha dança? Não!!! Aliás quanto mais caricato, mais forte é a minha exibição. Quem está ali para me ver, não tem culpa das condições. Apesar e acima de tudo sou uma profissional e honro a Dança Oriental, sem desculpas!

Comentários

  1. Olá Sara :)
    decides rir e decides bem, assim é muito mais fácil lidares com isso.
    Guardas histórias para contares.
    Bj.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula21

 Querido Diário: A aula desta semana teve sabor a Carnaval e com um pouquinho de “samba no pé”. Aconteceu logo pela manhã e que bem que soube! Poder acordar com calma e começar o dia a dançar é um luxo. Nem todos podem e nem todos querem... Confesso que sou uma pessoa noturna, mas, forço-me a fazer algum exercício regular pela manhã e sempre que é possível, dou também aulas. Ao início custou-me, mas depois, habituei-me. Não só desperta o corpo, mas, e principalmente, alimenta (e bem) a alma. Sinto que fico nutrida para o resto do dia, com mais energia, com melhor humor e sem sentir tanto dramatismo. Dançar pode não curar depressões, mas (e disto tenho a certeza) Alivia, Descomprime, Descomplica. Dá outra perspetiva . Mostra que é possível superar Dor, Desanimo, Solidão.   Dançar pode funcionar como antidepressivo natural que está ao alcance de todos. Usa e Abusa. Seja de manhã, à tarde ou à noite. Samba ou Dança Oriental... o importante é Dan...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula20

 Querido Diário: Quando temos AS pessoas ao nosso lado, tudo faz sentido. Não sei se essas pessoas são as certas, mas, são as que precisamos. E são essas as alunas que tenho tido ao longo de todos os anos. As que preciso. São elas que validam a minha dança. São elas que a impulsionam . São elas que a fazem crescer. São elas que não me fazem desistir e continuar a acreditar que é possível. Sem alunos, um bailarino é mais pobre. Até pode ter todos os aplausos do mundo, mas falta a amizade conquistada em cada aula. A relação construída em cada aprendizagem. Aquela conversa antes da aula... Aquela partilha sincera depois dela. Desengane-se quem pense que aulas de dança se limitam a aprender um amontoado de passos técnicos e cénicas coreografias. O que se gera numa aula é muito além... de toda a tua expectativa. E não é sobre aquilo que queres. É sobre que precisas. E muitas vezes, o que precisas é só que te arranquem um sorriso que descomprime e te alivia.   ...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula22

 Querido Diário: Se há coisa que me deixa mesmo irritada, é quando acontecem imprevistos de última hora que comprometem condições mínimas para dar uma aula. E, na #aula22, isso aconteceu. Minutos antes de “me ligar”, a câmara decide não colaborar e não conecta para seguir o online. Fico possessa. Se há coisa me desorienta profundamente é algo que não domino ou controlo e a tecnologia , sempre foi o meu “calcanhar de Aquiles”. Respiro fundo. Rapidamente percebo que não vale a pena contrariar o que não controlo. E, faço o que faço sempre: passo para o improviso. O importante é seguir com a aula -The Show Must Go On - com o que tiver à disposição. Resolvo o melhor que consigo e a aula segue. Mas, a irritação permanece ainda mais um pouco... detesto dar aula assim: stressada e irritada... Gosto de usufruir e dar o meu melhor àquelas alunas que tiram do seu tempo para aprender comigo e ontem, não consegui  melhor... E por isso, senti que foi uma aula 2 es...