A vida tem-me ensinado que dizer NÃO, é das melhores formas de me proteger e valorizar.
Vivemos numa sociedade que parece mal dizer: "Não obrigado", a um assedio feroz em fazer com que aceitemos tudo que nos "vendem", seja material, ilusões, sonhos e vontades que não são as nossas. Siceramente, já tive imensas situações em que não queria ou sentia que não me iria fazer bem mas, só para não desagradar, acabava por ceder, fazendo a vontade dos outros e não a minha.
Fui-me também apercebendo, que uma das formas de nos controlarem, é responderem ao nosso "Não!" com:"de certeza?" ou "não quer pensar no assunto" ou ainda "queres sim!". Parece-vos familiar?... Não respeitam a nossa decisão, vamos cedendo e sem nos aperceber vamos deixando os outros tomar as rédeas da nossa vida.
Acho que a grande diferença dos meus vintes para os trintas é realmente esta: colocar-me em primeiríssimo lugar, e respeitar acima de tudo a minha vontade, não tendo vergonha ou problema de consciência em dizer NÃO, mesmo que cause embaraço ou não pareça bem.
Não! Não quero comer esse bolo ou essa comida! Prefiro esta...
Não! Não me apetece sair! Quero ficar sossegada...
Não! Não gostei desse filme...
Não! Não quero comprar isso ou aquilo! Por mais que seja o melhor produto do ano, simplesmente não quero por isto ou por aquilo...
Não! Não me apetece dançar essa música! Prefiro outra, mesmo que não agrade tanto aos outros...
Não! Vai tu por aí, que eu vou por aqui, que este é o meu caminho, mesmo que vá sozinha...
Não! Esse sonho não é o meu...
Não! Essa não é a minha vontade...
Não!...
Experimentem, e vão sentir controlo da vossa própria vida!
Pois, todos temos gostos, interesses, valores diferentes uns dos outros e muitas vezes o que é bom para ti, não é para mim... e eu não tenho de me prejudicar por isso.
Tenho descoberto também que é difícil dizer NÃO. A tentação e a pressão é grande. Noto isso principalmente no mundo consumista, que nos envolve com vãs necessidades e falsas ilusões. Quase que somos "obrigados" a comprar isto e aquilo, a subscrever tais produtos só porque sim... e quando dizemos "Não, obrigado!" quase que estamos a cometer o maior pecado do mundo.
E quando nos dizem para fazer assim e assado e recusamos, fazendo o que a nossa consciência manda, ou seja o oposto? "Faz aquilo que eu digo, que sou mais velho" ou "Eu é que sei! Faz isto! Vais ver que tenho razão!". Quando toca à vida dos outros todos têm uma opinião e eles é que sabem. Pois sim... se fosse ceder aos "conselhos" que não pedi, ou aos comentários que me fazem, já tinha deixado de dançar à muito, estava em casa a cuidar do marido e/ou com um emprego detestável, a sujeitar-me a ganhar uma miséria só porque tinha um contrato de trabalho efetivo e ainda por cima com uma dúzia de filhos... sim, é que acham que sou uma extra-terrestre por dizer que ainda não quero ter filhos, mesmo com quase quatro anos de casamento.
Enfim... saber dizer NÃO protegeu-me em diversas situações e traz-me qualidade de vida, embora não agrade a todos...Temos pena...
Querida Sara, bom dia :)
ResponderEliminarchama-se a isso, ser assertiva!
Também sofro disso (llloll) e não sou de fazer fretes, porque fica bem.
Saber dizer "Não" é uma lição. Mas há que saber fazê-lo bem, sem descontrolo do ego. Ou seja, não pender para o extremo oposto de se achar k temos sempre razão e não ouvir ninguém.
Saber ouvir, reflectir e saber optar, saber dizer o "Não" de forma confiante, e não bruta. Porque ao fim e ao cabo, queremos dizer "Não", mas no fundo não queremos magoar ninguém nem ser mal-educadas, queremos é que respeitem o nosso "Não", certo? Certo!
Quando se cala o "Não" surge um clima tóxico.
Quando me querem impingir produtos que não quero, tenho uma estratégia:
Digo, "Não quero, Obrigada".
Ao qual começam sempre a tentar argumentar sempre o tal, "Porquê?/Tem a certeza" e afins. Educadamente, corto a palavra, agradeço o ter-me ligado, mas não estou interessada.
"Porquê?"
Porque tenho o direito de não estar interessada.
Se o teu "Não" é fruto de reflexão e dito de forma consciente e não agressiva, na realidade é um "SIM"... sim, sou fiel a mim própria.
Ainda bem que fazes o que gostas e ouviste o teu coração.
As pessoas que nos estão próximas por vezes não concordam que arrisquemos dar (ou que tivessemos dado) determinado passo, não é por mal, é parte da sua própria lição e são instrumento da nossa lição.
Neste momento, sou o reverso da medalha: detesto o que faço, pouco remunerada, efectiva, não tenho tempo para nada, qualidade de vida muito reduzida.
Mas, agora estou a construir a minha estrada para nela caminhar :).
Também eu escuto o meu coração, e essa tem de ser a minha segurança.
A maior segurança é acreditar que o Universo tem um plano para mim, que quero e agora vou vivê-lo e deixar fluir, e participar activamente nesse plano, como o meu livre-arbítrio.
As diferenças entre os 20 e os 30, ui são tantas!!! Muitas são para melhor :).
Bom fim de semana e beijinhos para ti.
(espero k esbuguinha e esbugão se estejam adaptar bem.)
(enviei-te sms na 5ª, podes enviar-me a musica sff? Obrigadão!)
Bom dia Sara,
ResponderEliminarvá lá... coloca lá aqui um post que eu não tenho facebook :)estou a brincar contigo.
"em vze de desejar um bom ano com o blá..." e não consigo ler o resto, fiquei curiosa.
Bj,
Oi!!!
ResponderEliminaro que escrevi no facebook foi isto:
Em vez de desejar um bom Ano Novo, com o blá, blá, blá de sempre, deixo este pensamento de Saramago: "O heróico num ser humano é não pertencer a um rebanho." Que 2011 seja o ano que nos libertemos dos "rebanhos"...
não tive oportunidade de escrever mais no blog, mas esta semana irei recomeçar!
Beijos