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Mensagens

A mostrar mensagens de 2024

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula12

 Querido Diário: E, num “piscar de olhos” chegou a #aula12: última do 1º trimestre da época 24/25 e, também última deste ano 2024. E de tão descontraída, esta aula foi 5 estrelas... rimos, falámos, brincámos, desejámos as boas festas e claro... dançámos. Ao som de mais umas músicas de Natal, disfrutámos também da pequena coreografia sequencial onde trabalhámos - bastante para sedimentar - a técnica do tema deste último trimestre. Gosto de finalizar etapas. Encerrar ciclos para dar espaço a novos. Vem agora novo ano, novo trimestre e com eles novas etapas, aulas, desafios e superações. Acompanhada pelas alunas mais belas, tudo será mais... aconchegante e, embora ainda não tenha lido nenhuma previsão astrológica para 2025, disto eu tenho a certeza: Nada como um círculo fiel de mulheres para nos apoiar e alavancar. Se juntarmos a ele o ingrediente Dança então... o nível e poder desse círculo é outro.   E assim me despeço: Até para o Ano! Que neste caso é o mesmo q...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula11

Querido Diário: Nesta altura, com este frio, custa iniciar qualquer actividade física... E, a Dança Oriental, com raiz nos países do Médio Oriente onde o calor é rei, custa a adaptar-se às temperaturas próprias desta época no nosso país. Nas aulas, agora, calçamos meias (várias), perneiras, leggins mais grossas e os tops passam a camisolas. Mas, à medida que a aula avança, vamos também despindo todas essas camadas. Porque dançar aquece. Não só o corpo mas, também, a Alma. E aquele frio do início rapidamente dá lugar a um calorzinho reconfortante. É muito bom sentir esta dinâmica. Acredito (e sei) que não aconteça só com a dança, mas, com toda a actividade física. Custa “arrancar” mas depois, sabe mesmo bem.   E assim foi uma aula... diria... 4 estrelas. Só não foi cinco estrelas porque o calorzinho  gerado durou só... uma hora... a hora da aula .

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula10

 Querido Diário: Primeira aula do mês, que para mim, é o mais emblemático do ano. Eu Adoro esta quadra e, desde que fui mãe, ganhou outra luz. Faço questão de passar o “espírito natalício” nas aulas e, este ano fui buscar as músicas mais conhecidas desta época e, adivinhem... aquecimento e alongamento com as mesmas. E assim, a #aula10 foi acompanhada com Mariah Carey e, o meu preferido: Michael Bublé. E que divertido foi! Eu sempre usei outros géneros de música para alavancar a minha dança e, nas aulas também o faço. Quebra a monotonia, vai ao encontro do gosto que cada aluna e diversifica movimentos. É uma mais valia em qualquer estilo de dança.   Até ao Natal será assim: Jingle Bells, Jingle Bells, Jingle all the way... E claro, só pode ter sido uma aula 5 estrelas!

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula9

Querido Diário: Chegámos ao final de Novembro. E com ele, mais de metade deste primeiro trimestre de aulas já passou. As mesmas continuam e mantenho - apesar de muitas das vezes as alunas preferissem outra matéria - o trabalho técnico que foi apresentado no inico deste mesmo trimestre. Sei, por experiência, mais do que a disciplina, é a prática regular que os resultados surgem. Na Dança Oriental, o compromisso e a prática são fundamentais mas também é preciso ter... confiança. No processo, na professora, no grupo, em ti mesmo. Nem tudo vai ser um “mar de rosas” e vai haver dias que apetece desistir. Mas confia. Digo isto desde que comecei a dar aulas: se permitires a D.O. é um caminho de autoconhecimento profundo que vai além da coreografia e do estúdio de dança. Estende-se, ensinando-te valores e competências que levas para a vida.   Esta #aula9 relembrou-me tudo isto, e por isso, foi uma aula 5 estrelas.

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula8

Querido Diário, A vida segue. Já cheira a Natal e a #aula8 acontece no início da noite e já com aquele friozinho que faz lembrar que o Inverno está à porta... Mais uma vez, é disciplina que faz com que a motivação apareça. A mim e às alunas. Nestas áreas, e nesta altura do ano, é a disciplina e o sentido de compromisso - comigo própria e com o grupo - que faz com que se mantenha uma regularidade. E a regularidade é TUDO na dança. Cada vez tenho mais consciência disso. A verdade é que a vontade “espontânea” em naquele dia e aquela hora, colocar uma roupa de treino e disponibilizar-me - de corpo e alma, porque é uma actividade física e emocional, que exige concentração - para uma aula de D.O. não surge só porque temos muito “amor” a esta dança. Ela surge devagarinho durante a aula. E o “amor”, esse é lembrado, construído e mantido aula após aula.   E por isso, para mim, a #aula8 foi uma aula 4 estrelas.

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula7

 Querido Diário: #aula7. Esta, especial porque aconteceu no rescaldo da aula presencial do último fim de semana. E que aula foi essa!! É fantástico como damos muito mais valor ao que não acontece todos os dias. Como aproveitamos mais. Como usufruímos mais. Como colhemos mais. Embora seja perfeitamente possível, nos dias de hoje, manter aulas regulares online, nada (ainda) substitui a energia que se gere numa presencial. Esta - é para mim - a grande diferença de uma para a outra: a energia e o ambiente que se cria em ambas. Há coisas que não se consegue passar pela tela. Mesmo em directo. Passa-se o conhecimento, a música, os movimentos, as conversas e até mesmo o conforto, mas não o abraço e o calor humano. Daí o presencial continuar a ser essencial acontecer, nem que seja de vez em quando.   Encontrar o equilíbrio entre estas duas vias é o desafio. Na Dança e na Vida em geral .

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula6

 Querido Diário: E assim, num piscar de olhos, a #aula6 acontece já recuperada da lesão que avassalou as minhas costas. Como é bom dançar sem dores e sem medo com o que determinado movimento possa causar... Ter vitalidade e saúde é fundamental para quem dança mas, vital para todos. Ter qualidade de vida não é algo garantido mas, é algo que pode ser conquistado. E a D.O. pode ser uma grande ajuda. Não só na saúde física mas - e digo isto há anos - também e, principalmente, na saúde mental. Dançar e aprender D.O. descomprime de um dia difícil. Liberta hormonas que nos fazem sentir bem. Exercita o corpo. Fortalece músculos. Vai ao encontro do teu potencial naquele momento. Obriga-te a olhares para ti. A veres-te e aceitares-te. Como pessoa única que és. É um processo de superação se assim o quiseres. E as minhas alunas querem e superam-se aula a aula.   Poder dinamizar e mentoriar este processo é... lindo. E por tudo isto, esta aula foi 5 estrelas...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula5

 Querido Diário: A #aula5 aconteceu. Chegou devagar, já de noite, nesta semana de Halloween. Ainda a recuperar de uma lesão nas costas, a aula começou tímida, todas nós com frio ansiosas pelo aquecimento. Aos poucos, e à medida que a aula se desenrola, o calor vem. A timidez inicial lentamente desaparece e um vigor começa a surgir. A aula continua... do aquecimento ao trabalho técnico passando pela teoria. O calor agora é grande. Mente e corpo numa só sintonia dançam ao som de músicas que sinto na hora. E... rapidamente, chega a parte final... está na altura de acalmar, alongar, só ouvir. E assim, aula após aula, o poder da Dança Oriental espalha brilho nas alunas. Brilho este que se reflecte durante toda a semana.   Esta é a magia da D.O. e, esta #aula5 foi uma aula 5 estrelas .

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula4

 Querido Diário: Quando comecei a leccionar, tinha só uma certeza: de que queria ser livre para escolher e fazer o que bem me apetecia e, me fazia sentido dentro da Dança Oriental. E assim tem sido. Mais de 20 anos depois, posso dizer que criei a minha identidade dentro da D.O. e, desenvolvi um método de ensino que encaminha para essa direcção. Há quem diga que o caminho da liberdade é um privilégio. Mas, eu digo que é uma escolha. Escolha essa que dá muito trabalho. Diário. Dança a Dança. Aula a Aula. E esta #aula4 espelhou, com detalhe, todo o trabalho que tenho desenvolvido durante todos estes anos e por isso, foi uma aula 5 estrelas.   Eu tenho muito orgulho do meu percurso. Do meu método. E das alunas que escolhem aprender comigo .

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula3

 Querido Diário: Não há pior para uma bailarina que “arranjar” uma lesão. O corpo é o nosso principal instrumento de trabalho que, sem ele a funcionar a 100%, é limitativo. A ensinar é igual. E a #aula3 foi-me... dolorosa. Uma contratura no meu “trapézio” impediu-me de me poder expressar correctamente. Dançar com dores é do pior que há e por isso, esta #aula3 foi...2 estrelas. Mas, mesmo com dores, sem conseguir levantar os braços e movimentar bem a coluna, dei a aula porque o meu compromisso é maior que as dores. Claro, e como sabia que iria acontecer, no final da aula, já estava melhor. A Dança Oriental, como vai ao encontro dos movimentos naturais do corpo, funcionou, neste meu caso, como uma espécie relaxamento muscular. Se as alunas notaram a minha limitação? Quase nada.   The Show Must Go On... no palco e no estúdio .

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula2

 Querido Diário: Eu sempre procurei a verdade. Para mim, a mesma liberta e aproxima-nos da autenticidade. E com isto, digo, que a #aula2 foi uma aula 3 estrelas (bom)... e não foi mais porque - eu estava com falta de energia, inspiração e (porque é a verdade) vontade. Há dias assim, e para uma professora de dança não é diferente. Não estou sempre cheia de energia, cheia de vontade e muito menos inspirada. Há aulas que começo em esforço. Mas, e porque tenho um compromisso com aquelas alunas não cancelo a aula. Nunca. Nem mesmo doente. Mas, o que começou em esforço acabou em bem-estar, e esta é grande mais valia da dança: podemos não estar no “mood” mas depois, há transformação. E desta vez, foram as alunas que puxaram por mim, numa troca de energias que culminou numa boa aula.   Não há aulas iguais, mas há sempre um compromisso a manter porque muitas vezes, a disciplina é tudo .

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula1

 Querido Diário: As minhas aulas de Dança Oriental, não são aulas Óbvias. Padronizadas. Iguais. Isto porque a D.O., segundo a minha visão desde sempre é - sobretudo - VIDA. Com aulas que classifico com 1 estrela (péssimo) e outras que atribuo 5 estrelas (excelente). Pelo meio há o mau (2 estrelas), o bom (3 estrelas), o muito bom (4 estrelas). E ontem a #aula1 foi uma aula 5 estrelas. Estava criativa, energética e as alunas - tal como eu gosto - aderiram. Puxei por mim e por elas, numa aula de trabalho técnico onde exigi concentração e memória e, (a parte que mais gosto) as conduzi para começarem a sair da sua zona de conforto.   Desafiante, mas compensador .

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula0

Queres saber: Como é o meu dia a dia. Como preparo as aulas que lecciono. Como é que as alunas se sentem. Quais são as suas expectativas e desafios. Como é que eu me sinto antes, durante e depois de cada aula e, também as minhas expectativas e desafios. Quais são os meus medos, desilusões e fracassos. As minhas vontades, sonhos e anseios. Como passo a minha visão da Dança Oriental e como acho que é assimilada... O DIÁRIO DE UMA PROFESSORA DE DANÇA ORIENTAL, aula a aula, vou-te contar tudo .

Depois de tantos anos a Dançar e a Leccionar, não estás cansada?

  Queres uma resposta sincera a esta última pergunta selecionada desta série? Estou. Mas isso não me impede - por enquanto - de continuar. Eu sou bailarina e professora por vocação. Desde que me lembro sempre foi o "meu sonho" ser bailarina. E sempre me vi a fazer isso. A vontade de ser professora veio mais tarde, já em adulta, com a necessidade de querer passar os meus conhecimentos e experiência a quem me procura. Percebi, cedo na vida, que não seria feliz nem realizada se, pelo menos, não tentasse seguir a minha vocação. Com coragem, determinação e muita "fé", arrisquei. E depois de tantos anos, apesar de tudo, continua a fazer-me sentido. E, quando algo é tão natural e intrínseco a nós, é difícil ignorar e, largar. Com isto, não quero dizer que foi ou é fácil. E hoje, digo: preferia não ter esta vocação... preferia ter tido a vocação para ser médica, ou advogada, ou até arquitecta... tudo teria sido tão mais fácil. Tão mais aceite. E tão mais reconhecido...

Quero ser bailarina profissional de D. O. Como começo?

UI!!!!! Esta foi a pergunta selecionada deste mês de Maio e, deixa-me dizer-te: é uma pergunta para milhões. Foi exactamente esta a pergunta que fiz, há 21 anos atrás, à professora e única referência que tinha na altura. A resposta foi: "desenrasca-te". E, tive mesmo que me "desenrascar" numa altura que a Dança Oriental - embora na moda por uns tempos - carregava (e acho que ainda carrega, mas com menos peso) um grande preconceito, consequência de um legado de séculos de ignorância em relação a esta dança. E, passado duas décadas digo-te, a ti que queres lançar-te como bailarina profissional de D.O.: BOA SORTE! Porque não é fácil e, não há um guião. Há, ou tem de haver uma capacidade de resiliência e inteligência emocional que não é para todos. Se me lês regularmente, sabes que sou directa. Acredito que a verdade, sem floreados, vale mais que a resposta bonita e meiga. Neste mundo da Dança não há espaço para "meiguice". Há espaço - e tem de haver - para o ...

Para ti, o que é mais importante no ensino da Dança Oriental?

Pergunta selecionada do mês de Abril e vou ser directa. Para mim, segundo a minha visão e experiência, o mais importante no ensino da Dança Oriental é conseguir empoderar aquela/e aluna/a passando-lhe o testemunho milenar da essência da D.O. Ensinar D.O., para além da sua complexidade técnica - porque não há propriamente um "guião" ou até mesmo formação para se ensinar como noutras danças - o mais importante é conseguir passar a sua essência. E aí está a questão: qual é a essência da D.O.?...  Esta é a pergunta que cada professora ou professor deve fazer. Se souber responder, ótimo! É meio caminho andado para criar ferramentas porque sabe o que está a fazer.  Se não sabe, eu acho que deve procurar saber.  Porque, digo-vos: o que mais impacta no ensino da D.O. não são a execução perfeita de mil e um movimentos, nem dezenas de coreografias... o que mais deixa legado é a forma e a atitude com que sentes a D.O. mostrando o seu carisma único. Há uma Alma a ser preservada indep...

Como lidar com a falta de inspiração?

Pergunta selecionada para este mês de Março: Como lidar com a falta de Inspiração?...  Atenção, temos a ideia romântica que a Inspiração "cai do céu". Que simplesmente, nós (principalmente artistas) a temos e, a toda a hora. NÃO! Ela dá e, é fruto de - muito - trabalho. Tomei consciência disso cedo, no secundário, quando frequentava a escola artística António Arroio. Lá pude aprender e conviver com artistas que rapidamente me alertaram que a Inspiração surge sim mas é o resultado de um processo criativo que, por sua vez, vem do experimentar, pensar, mexer, ouvir, fazer.  Depois, já na faculdade de Arquitectura, pude entender que a Inspiração - que tantas vezes faltava - surgia quando pesquisava, via e experienciava outras áreas e artes. Já como bailarina, tenho poucos momentos sem Inspiração mas, quando os tenho - porque tenho sim - paro um pouco e não insisto. Não é preciso criar frustração numa insistência forçada. Mas, atenção: eu não confundo desistência momentânea com pr...

O que é: Ganhar, Gerar e Improvisar na Dança Oriental?

E esta é a pergunta selecionada deste mês de Fevereiro que, coincide precisamente com os temas do próximo workshop presencial já dia 9 Março - A COREOGRAFIA - onde podes ver  aqui  toda a informação. Então, o que é isto de Ganhar, Gerar e Improvisar: (descrito de uma forma simples e sucinta) *  GANHAR :  Postura e Técnica  é tudo aquilo que aprendes ou, trazes à consciência, para potenciares toda a técnica. é conhecer e identificar o conjunto de movimentos que caracterizam a Dança Oriental; é aprender a executar esses mesmos movimentos; é afinar detalhes que farão toda a diferença na qualidade técnica desses movimentos; é perceber qual a postura a ter para potenciar toda essa técnica. Atenção:  não há dança sem técnica. Pode haver movimento livre mas, não pode ser chamado de Dança Oriental porque esta, tem um vocabulário próprio que caracteriza a sua técnica. E há uma postura teórica que se constrói para potenciá-la....

Como lidar com imprevistos em palco?

Esta foi a pergunta que seleccionei, para este mês de Janeiro, entre as dezenas que me fazem no meu Instagram (@saranaadirah). Por aqui, respondo com mais pormenor. Tu, que me estás a ler neste momento, de certeza que já te aconteceu um imprevisto nalguma actuação - de dança ou não - que já tenhas feito. Eu sei bem como é! Em mais de 20 anos em palco como bailarina profissional de Dança Oriental e, mais 20 anos como bailarina amadora de Ballet Clássico e outras danças, somam uma experiência de palco de 40 anos. Como deves calcular, já me aconteceu de tudo um pouco. Desde o clássico soltar da parte de cima do traje ao típico escorregar em algo no palco e cair, desamparada, no chão. Ao "congelar" por me ter esquecido da coreografia ou ficar super nervosa porque a música para a meio. É impossível correr tudo como imaginámos. Por mais planeamento, preparação e ensaios, percebi - com a experiência - que tem de haver uma margem para que tudo flua num ritmo que é impossível controla...