Avançar para o conteúdo principal

Que Parva Que Eu Sou


Que Parva que Eu Sou!!
Que PARVOS que somos TODOS NÓS!!!
Em continuar a aceitar o país como está...

Temos o poder de mudar se quisermos, o rumo deste país mas, preferimos pertencer a uma nova ideologia de escravatura com doutorados e mestrados. Preferimos viver num terrorismo psicológico provocado por patrões e empresas (principalmente a estatal), que nos faz chantagem com excesso de trabalho, remunerações vergonhosas ou então: "rua"!

É uma vergonha o que se passa... e falo por mim, que trabalho à oito anos a recibos verdes, não sei o que é um contrato de trabalho, muito menos sei o que é um subsídio... seja de desemprego, doença, maternidade. O 13º mês e subsídio de férias até me dá vontade de rir!!!! Eu não tenho nada disso e não consigo perceber que quem o tem não dá valor...
Só ganho aquilo que trabalho, nem mais e muitas vezes menos e como eu, está pelo menos uma geração inteira na mesma situação. Geração esta que está a pagar bem caro os luxos e esbanjamentos das gerações dos últimos 30 anos.

Somos parvos em ficar calados, adormecidos, em aceitar!

Desconto para uma Segurança Social viciada, sem nexo, descontextualizada onde não tenho direito a nada, só a reforma!... será?!
Contribuo com os meus deveres, com impostos ridículos, para podermos "tapar" um buraco que cada vez está mais fundo, não me admirava nada que qualquer dia o IVA esteja a 50%...
O nosso governo, nem sequer consigo dizer nada... e sinceramente todos os partidos neste momento são mentirosos, falsos, corruptos!
Pergunto: como é que governantes que ganham salários que não correspondem à sua qualidade de trabalho e, não fazem ideia do que é viver com o salário mínimo, podem tomar decisões por aqueles que vivem com pouco mais de 250€/mês?!!! Não faz sentido...

Desrespeitamos os nossos idosos, que estão a morrer sem dignidade pela incompetência de vários órgãos sociais. Estrangulamos uma geração de jovens adultos com qualificação mas sem oportunidades. A nossa educação está como está... O acesso à saúde dá vontade de chorar... Quem tem muito acha que é pouco, quem tem pouco muitas vezes também não faz esforço para trabalhar... Vivemos numa sociedade que valoriza não o trabalho mas o emprego.
Sentimos insegurança... onde estão as nossas forças policiais?? A passar multas de estacionamento!!! E os nossos militares???? A roubar armas...
Enfim... podia escrever aqui um testamento.

Homenageio TODOS os cidadãos do Médio Oriente, em especial os egípcios, pela coragem de gritarem LIBERDADE doa a quem doer!
O ocidente que tem tanto preconceito pelo médio oriente mas, pelo menos eles (também uma geração de jovens adultos qualificada e sem oportunidades) estão a lutar pelo direito a uma vida melhor, mais justa. Revoltam-se, manifestam-se e sem cravos...!!!!
E nós?!!!!
Esperamos o quê?!!!
Que a vida passe sem darmos conta...
Que PARVOS que SOMOS!!!!

Comentários

  1. Querida Sara,
    podes crer, assino em baixo contra este conformismo mais ou menos generalizado!
    Só o que se desconta para IRS, Segurança Social já é imenso e quem tem de pagar IVA (recibos verdes), sem contar com a retenção na fonte, então deve descontar em média aí uns 50% do ordenado! E cada vez menos pode colocar cenas no IRS para deduzir.
    Escandaloso!!
    Como se pode acumular brutais ordenados e pensões e haver reformados doentes e sem $ que chegue para remédios e sobreviver?
    Cortes? Quem ganha mesmo muito por mês, não é muito afectado.
    E é escandaloso que durante décadas os funcionários públicos tenham sido amplamente beneficiados em relação ao comum cidadão. Agora é que têm cortes e ficam furiosos, nunca deveria ter havido um fosso tão grande, ser funcionário público era um emprego para a vida, repleto de regalias, que foram diminuindo. Deveriam ser direitos iguais para todos.
    Não me levem a mal os Func. Públicos, até tenho alguma família nessas condições, mas nunca achei justo!
    Acredito que deviamos poder optar, quem quer seg. social e quem quer um seguro de saúde.
    Quem quer reforma pela seg. social e por PPR's.
    Concordo com tudo o que dizes e abençoados os que têm a coragem de se impôr e dizer NÃO!
    Apesar de ter estudado e ter um curso superior acho que isso é sobrevalorizado! Não considero que seja fundamental e muito menos investir um família investir milhares de euros para o filho ficar no desemprego.
    Acho ainda que se devia fiscalizar as empresas, pois o que fazem é despedir gente (ou nunca a contratar) e dar a 1 o trabalho de 2 ou 3, isso é socialmente inaceitável.
    Parvos são os que fazem horas extras e sem nada receber, faço questão que respeitem o meu tempo.
    Há quem não queira trabalhar e há muito quem queira explorar os trabalhadores!
    Somos parvos, mas uns não se importam, outros estão fartos e querem deixar de o ser.
    Não quero isto para mim nem para os filhos que um dia tiver! Quero ensinar-lhes a coragem para aprender a lutar por aquilo em que se acredita.
    Não posso mudar o mundo, mas sou fiel a mim mesma e espalho essa energia em meu redor.
    Luto à minha maneira.
    Bj, bom fds.

    ResponderEliminar
  2. Concordo plenamente contigo!!!!
    É escandaloso não haver opcções!
    Também luto à minha maneira, mas é dificil!
    Beijinhos

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Depois de tantos anos a Dançar e a Leccionar, não estás cansada?

  Queres uma resposta sincera a esta última pergunta selecionada desta série? Estou. Mas isso não me impede - por enquanto - de continuar. Eu sou bailarina e professora por vocação. Desde que me lembro sempre foi o "meu sonho" ser bailarina. E sempre me vi a fazer isso. A vontade de ser professora veio mais tarde, já em adulta, com a necessidade de querer passar os meus conhecimentos e experiência a quem me procura. Percebi, cedo na vida, que não seria feliz nem realizada se, pelo menos, não tentasse seguir a minha vocação. Com coragem, determinação e muita "fé", arrisquei. E depois de tantos anos, apesar de tudo, continua a fazer-me sentido. E, quando algo é tão natural e intrínseco a nós, é difícil ignorar e, largar. Com isto, não quero dizer que foi ou é fácil. E hoje, digo: preferia não ter esta vocação... preferia ter tido a vocação para ser médica, ou advogada, ou até arquitecta... tudo teria sido tão mais fácil. Tão mais aceite. E tão mais reconhecido...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula12

 Querido Diário: E, num “piscar de olhos” chegou a #aula12: última do 1º trimestre da época 24/25 e, também última deste ano 2024. E de tão descontraída, esta aula foi 5 estrelas... rimos, falámos, brincámos, desejámos as boas festas e claro... dançámos. Ao som de mais umas músicas de Natal, disfrutámos também da pequena coreografia sequencial onde trabalhámos - bastante para sedimentar - a técnica do tema deste último trimestre. Gosto de finalizar etapas. Encerrar ciclos para dar espaço a novos. Vem agora novo ano, novo trimestre e com eles novas etapas, aulas, desafios e superações. Acompanhada pelas alunas mais belas, tudo será mais... aconchegante e, embora ainda não tenha lido nenhuma previsão astrológica para 2025, disto eu tenho a certeza: Nada como um círculo fiel de mulheres para nos apoiar e alavancar. Se juntarmos a ele o ingrediente Dança então... o nível e poder desse círculo é outro.   E assim me despeço: Até para o Ano! Que neste caso é o mesmo q...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula11

Querido Diário: Nesta altura, com este frio, custa iniciar qualquer actividade física... E, a Dança Oriental, com raiz nos países do Médio Oriente onde o calor é rei, custa a adaptar-se às temperaturas próprias desta época no nosso país. Nas aulas, agora, calçamos meias (várias), perneiras, leggins mais grossas e os tops passam a camisolas. Mas, à medida que a aula avança, vamos também despindo todas essas camadas. Porque dançar aquece. Não só o corpo mas, também, a Alma. E aquele frio do início rapidamente dá lugar a um calorzinho reconfortante. É muito bom sentir esta dinâmica. Acredito (e sei) que não aconteça só com a dança, mas, com toda a actividade física. Custa “arrancar” mas depois, sabe mesmo bem.   E assim foi uma aula... diria... 4 estrelas. Só não foi cinco estrelas porque o calorzinho  gerado durou só... uma hora... a hora da aula .