O que dizer das bailarinas/colegas que frequentaram o curso comigo e o que comentar das que fui assistir ao vivo... Todas nós de uma maneira ou outra definimos o que é a Dança Oriental nos dias de hoje, que é bem diferente de á uns anos atrás e será de certeza diferente no futuro.
Mas o grande "wake up" para mim, foi quando tive o privilégio de ir cumprimentar a Randa Kamel no seu camarim, antes do seu show no famoso Nile Maxim. Nem queria acreditar quando entrei... pior que muitos sítios onde já me vesti, fiquei mesmo de boca aberta. Era numa cave, num compartimento tipo arrecadação, com uma mesa e espelho pequenino improvisado, com uma cadeia e pouco mais. Esta foi mesmo uma chapada! Também quando assisti ao show da Dina, percebi onde se estava a trocar, para no final ir cumprimentá-la e o que vejo: trocava-se num escritório também improvisado. De novo outra chapada...
Imaginava: Randa Kamel, Dina, etc... divas da Dança Oriental, essas sim devem ter condições, a todos os níveis... mas não... enfrentam igualmente a mesma guerra que todas nós e pensam que o público é melhor só por serem elas?... irei noutro post contar-vos a luta que elas também travam.
Bom... Começo com as experiências contadas pelas minhas colegas nas longas horas de jantar, e o que eu descubro, surpreendente mente, é que a condição que tenho como bailarina cá, é igual em qualquer parte do mundo e que tudo depende da nossa atitude enquanto dançamos.
É verdade... sempre tive a ideia que trabalhar no estrangeiro, principalmente Europa é que seria bom, que em Espanha, França, Inglaterra, USA, e até mesmo no Egipto é que tinham verdadeiras condições e apoios para se ser bailarina. Tinham sempre bons locais onde dançar, com bons camarins, público educado que aprecia a dança e o nosso trabalho, não nos confundindo com uma stripper, como estava enganada... à medida que iam falando, revia-me totalmente nas suas experiências e pensava: "afinal não sou a única, todas elas passam o mesmo!"
A mesma luta de tentarem dignificar a dança (não se esqueçam que todas eram profissionais nos seus países com algum senso de auto-crítica senão não se dariam ao trabalho de se deslocarem até ao Cairo e pagar um curso bastante caro afim de aprender cada vez mais), a mesma guerra para que consigam ensinar convenientemente, a mesma desilusão quando o público é deselegante, a mesma força de tentar seguir sonhos, mesmo quando temos de dançar em locais menos próprios (para mim, todas as bailarinas deveriam dançar em espaços minimamente preparados para haver shows de dança, que como todos sabem não acontece com maior parte de nós), equiparmos em casas-de-banho imundas, andar sempre com a mala atrás com todo o equipamento, aturar a ignorância e ainda por cima assistir á imcompetencia de muitas mulheres que ainda usam a dança para se exibirem e seduzirem audiências masculinas sem perceberem um passo de dança.
A mesma luta de tentarem dignificar a dança (não se esqueçam que todas eram profissionais nos seus países com algum senso de auto-crítica senão não se dariam ao trabalho de se deslocarem até ao Cairo e pagar um curso bastante caro afim de aprender cada vez mais), a mesma guerra para que consigam ensinar convenientemente, a mesma desilusão quando o público é deselegante, a mesma força de tentar seguir sonhos, mesmo quando temos de dançar em locais menos próprios (para mim, todas as bailarinas deveriam dançar em espaços minimamente preparados para haver shows de dança, que como todos sabem não acontece com maior parte de nós), equiparmos em casas-de-banho imundas, andar sempre com a mala atrás com todo o equipamento, aturar a ignorância e ainda por cima assistir á imcompetencia de muitas mulheres que ainda usam a dança para se exibirem e seduzirem audiências masculinas sem perceberem um passo de dança.
Mas o grande "wake up" para mim, foi quando tive o privilégio de ir cumprimentar a Randa Kamel no seu camarim, antes do seu show no famoso Nile Maxim. Nem queria acreditar quando entrei... pior que muitos sítios onde já me vesti, fiquei mesmo de boca aberta. Era numa cave, num compartimento tipo arrecadação, com uma mesa e espelho pequenino improvisado, com uma cadeia e pouco mais. Esta foi mesmo uma chapada! Também quando assisti ao show da Dina, percebi onde se estava a trocar, para no final ir cumprimentá-la e o que vejo: trocava-se num escritório também improvisado. De novo outra chapada...
Imaginava: Randa Kamel, Dina, etc... divas da Dança Oriental, essas sim devem ter condições, a todos os níveis... mas não... enfrentam igualmente a mesma guerra que todas nós e pensam que o público é melhor só por serem elas?... irei noutro post contar-vos a luta que elas também travam.
Sinceramente senti um certo alívio e juro que nunca mais me irei queixar quando tiver de fazer omeletes sem ovos, afinal, fazem-nas um pouco por todo o mundo, até as divas...
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