1ª - Apreciar e viver no momento;
2ª - Saber usar a intuição;
3ª - Comunicar.
Na verdade não foi uma, nem duas mas muitas lições... mas estas três foram as mais marcantes.
1º - A Dança Oriental ensinou-me a perceber que há o momento presente. Não focar nem no passado, nem futuro. Saborear o presente. Percebi isso na própria dança em si, quando me exigia constantemente concentração no passo que estava a executar. Percebi que a D.O. é um conjunto de movimentos e o que estamos a executar é o resultado do anterior e o preparativo do próximo. Isso fez-me entender que o momento do agora é que é precioso. Transportei isso para a minha vida, pois a de uma bailarina acaba por ser uma dança. O passado deixou legado, e o futuro resulta de um presente bem vivido.
2º - Para improvisar - primeiro na dança e depois na vida - tive de desenvolver a intuição. Todos temos intuição, ou o sexto sentido como quisermos chamar, mas silenciamo-lo. A dança desperta esse sentido e, se assim nos permitirmos, desenvolve. Porque deixamo-lo falar e passamos a dar-lhe importância. Devo dizer que foi através da intuição que escolhi amizades, colegas chegadas, trabalhos, momentos marcantes da minha vida... A intuição é a ferramenta mais poderosa que uma mulher (ou ser humano) pode ter. É-nos útil, ou melhor, chega a ser imprescindível no nosso dia-a-dia e é na dança que aprendemos a ouvi-la e a usá-la. É com ela que criamos as nossas coreografias que, por sua vez, resultam das improvisações tão características da Dança Oriental. Está de mãos dadas com a imaginação e o poder da criação. É com ela que não só sobrevivemos como passamos a (realmente) viver.
3º - Sempre fui reservada, quieta, no meu mundo. Era nas aulas e actuações de ballet que mais me expunha mas raramente socializava ou falava... até ter conhecido a D.O. Aí um novo mundo se abriu e aquela miúda calada, passou a querer comunicar e não ter medo de falar. A D.O. deu-me a segurança que precisava para ser ouvida e, acreditem, respeitada. Ensinou-me a dar voz ao que sinto. A dar emoção ao que penso. Seja a falar, a dançar, a escrever. Aprendi a comunicar.
Estas são (algumas) lições ou dádivas que a D.O. me deu e que levo para a vida. Nada aconteceu de um dia para o outro... claro que não há milagres, há entrega e acreditar que a D.O. entra na tua vida para que a tua melhor versão transborde. E tu, que lições de vida a D.O. te deu?
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