Há anos que não escrevo!
Nos meus tempos de faculdade escrevia (muito pouco confesso) e desenhava como forma de libertação. Libertação de tudo o que sentia, que não conseguia expressar de uma outra forma. Como pouco falava e muito poucos amigos tinha, era na escrita e no desenho que exteriorizava o que pensava e sentia.
Entretanto, descobri que dançar, produzia o mesmo efeito de quando escrevia ou desenhava. Através de um longo e difícil processo, percebi, na Dança Oriental o poder de não só conseguir “deitar cá para fora” aquilo que me aprisionava, mas percebi que havia também um processo de cura, sentia uma paz interior, uma certeza que não havia experênciado em nenhuma outra forma de expressão.
Tinha descoberto, ou melhor redescoberto o caminho que iria seguir na minha vida: ser bailarina, mais que uma profissão seria a paixão da minha vida…
Decidi escrever estas memórias, também, por três razões específicas:
1º - É um desafio para mim escrever, e eu ADORO desafios (como poderam ler no texto anterior). Faz-me sentir viva! Mas, de longe pretendo ser escritora ou que estes textos sejam um livro, não tenho essa presunção, muito menos o dom da escrita! Desculpem-me vocês, entendidos das palavras se vos ofendo com frases mal construídas e vocabulário mal colocado. Tentarei fazer o meu melhor, prometo!!! Mas, sobretudo decidi escrever estas memórias pela necessidade, fora do comum, que tenho tido ultimamente de realizar uma retrospectiva da minha vida. Ao recordar memórias que estão como fechadas dentro de mim, numa espécie de caixinha a sete chaves, irá ajudar-me a fazer um ponto de situação do meu estado actual, e assim, perceber melhor que caminho tomar, forçando-me a lembrar, fortes valores e objectivos que tracei no começo da minha carreira profissional;
2º - Será uma “terapia” escrever, que necessito fortemente de fazer, afim de não esquecer daquilo que sou, mas principalmente lembrar do que quero ainda realizar. Chegamos a um certo ponto na nossa vida (e o meu foi agora aos 29 anos) que precisamos de nos situar e relembrar, afim de não nos deixarmos “enredar” na grande teia social tão bem arquitectada que o mundo nos impõe, esquecendo do meu dom e o respeito que tenho pela dança, transformando a minha Arte numa forma de sobrevivência num mundo cheio de regras, preconceitos e imposições, tentando não “me vender”ao deslumbramento ilusório que muitas vezes nos passam pelos olhos;
3º - Porque não partilhá-las com vocês!? Amigos, alunos, admiradores, colegas, curiosos. Tenho a certeza que será uma preciosa ajuda, para tantas pessoas que nem posso imaginar. Quantos de vocês não se virão descritos nestas memórias e perceber que é possível seguir um sonho na vida. Se eu conseguir, através deste testemunho, fazer com que vocês reflictam na vossa própria vida e tenham a coragem e sensatez, para perceber, para que nasceram e que destino têm neste mundo e nesta vida, será uma verdadeira alegria para mim!
Peço-vos que leiam com o coração aberto, não vão ler um conto de fadas, uma vida perfeita, vão sim ler um testemunho real e assim espero inspirador.
Nos meus tempos de faculdade escrevia (muito pouco confesso) e desenhava como forma de libertação. Libertação de tudo o que sentia, que não conseguia expressar de uma outra forma. Como pouco falava e muito poucos amigos tinha, era na escrita e no desenho que exteriorizava o que pensava e sentia.
Entretanto, descobri que dançar, produzia o mesmo efeito de quando escrevia ou desenhava. Através de um longo e difícil processo, percebi, na Dança Oriental o poder de não só conseguir “deitar cá para fora” aquilo que me aprisionava, mas percebi que havia também um processo de cura, sentia uma paz interior, uma certeza que não havia experênciado em nenhuma outra forma de expressão.
Tinha descoberto, ou melhor redescoberto o caminho que iria seguir na minha vida: ser bailarina, mais que uma profissão seria a paixão da minha vida…
Decidi escrever estas memórias, também, por três razões específicas:
1º - É um desafio para mim escrever, e eu ADORO desafios (como poderam ler no texto anterior). Faz-me sentir viva! Mas, de longe pretendo ser escritora ou que estes textos sejam um livro, não tenho essa presunção, muito menos o dom da escrita! Desculpem-me vocês, entendidos das palavras se vos ofendo com frases mal construídas e vocabulário mal colocado. Tentarei fazer o meu melhor, prometo!!! Mas, sobretudo decidi escrever estas memórias pela necessidade, fora do comum, que tenho tido ultimamente de realizar uma retrospectiva da minha vida. Ao recordar memórias que estão como fechadas dentro de mim, numa espécie de caixinha a sete chaves, irá ajudar-me a fazer um ponto de situação do meu estado actual, e assim, perceber melhor que caminho tomar, forçando-me a lembrar, fortes valores e objectivos que tracei no começo da minha carreira profissional;
2º - Será uma “terapia” escrever, que necessito fortemente de fazer, afim de não esquecer daquilo que sou, mas principalmente lembrar do que quero ainda realizar. Chegamos a um certo ponto na nossa vida (e o meu foi agora aos 29 anos) que precisamos de nos situar e relembrar, afim de não nos deixarmos “enredar” na grande teia social tão bem arquitectada que o mundo nos impõe, esquecendo do meu dom e o respeito que tenho pela dança, transformando a minha Arte numa forma de sobrevivência num mundo cheio de regras, preconceitos e imposições, tentando não “me vender”ao deslumbramento ilusório que muitas vezes nos passam pelos olhos;
3º - Porque não partilhá-las com vocês!? Amigos, alunos, admiradores, colegas, curiosos. Tenho a certeza que será uma preciosa ajuda, para tantas pessoas que nem posso imaginar. Quantos de vocês não se virão descritos nestas memórias e perceber que é possível seguir um sonho na vida. Se eu conseguir, através deste testemunho, fazer com que vocês reflictam na vossa própria vida e tenham a coragem e sensatez, para perceber, para que nasceram e que destino têm neste mundo e nesta vida, será uma verdadeira alegria para mim!
Peço-vos que leiam com o coração aberto, não vão ler um conto de fadas, uma vida perfeita, vão sim ler um testemunho real e assim espero inspirador.
De onde diabos tiraste a ideia que escrevias mal??? Estás-me a surpreender à grande, juro que estás!
ResponderEliminarAcho que fazes muito bem em escrever. Não só porque daqui a uns anos vais poder ler o que escreveste e fazer descobertas sobre os teus próprios textos (sim, isto acontece!) como também é uma forma de te obrigar a transformar o que sentes numa coisa "palpável"... pensar nos sentimentos, dar-lhes forma, tentar explicá-los. Vais descobrir que ajuda a "digerir" muita coisa!
Grande beijinho
Olá! Não pude deixar de comentar este post e mal posso esperar pelos próximos. Antes de mais quero salutar a forma como encaras a dança, eu não sou bailarina profissional sou apenas alguém que adora dançar, mas confesso que do pouco que já vi no mundo da dança oriental acho que muitas das bailarinas ditas profissionais perdem com os anos de exercício aquilo que para mim é o grande tesouro desta dança, o sentir aquilo que se dança! É isso que nos distingue umas às outras, a forma como cada uma sente a música e como nos libertamos na dança. A técnica é sem dúvida alguma muito importante, mas...de que me serve ter toda a técnica do mundo se não consigo passar para o público aquilo que sinto quando danço. Já vi muitas bailarinas dançar com grande técnica mas que a mim não me disseram absolutamente nada, não foram capazes de me passar aquilo que sentiam e consequentemente deixar-me com um sorriso de orelha a orelha.
ResponderEliminarQueria ainda dar-te os parabéns pelo teu workshop na Convenção da Aziza, adorei a tua postura como professora, o facto de explicares as bases, de dares importância a grandes detalhes como os braços e explicares o porquê dessa importância, infelizmente nem todas as bailarinas têm a grandeza de partilhar os seus conhecimentos sem medo de que alguém um dia possa brilhar mais que ela. Muito obrigada!
Cara Isa,
ResponderEliminarmuito obrigado pela sua mensagem.Claro que a técnica na dança é importante mas trabalhar o nosso interior afim de poder dar "sal" á nossa dança isso é que é muito importante. É um prazer para mim partilhar com todos o que sei sobre a dança oriental e se posso ajudar outras bailarinas e alunas... por que não? Não teria sentido para mim ser de outra maneira, se não não estaria a dar aulas.