Na generalidade, pensa-se que um artista é alguém meio louco e esquisito. Que tem as suas regras e vive no seu mundo. É sempre criativo e está sempre bem. Que vive do ar... de graça ou de favores. Mas digo-vos, um artista, é uma pessoa como todas as outras. Talvez mais intuitivo ou mais sensível. Talvez mais introvertido ou muito extrovertido. Talvez não tenha receio de viver segundo valores esquecidos. Mas é uma pessoa. Que também tem os seus dias e momentos. Onde, grande parte das vezes, só a sua arte não basta, mas pode ser o suficiente para não desmoronar de vez e continuar. Vivo. Como bailarina, revejo-me e poucos são aqueles que têm acesso ao outro lado de um artista. O seu lado sombra como costumo dizer. Normalmente só o veem através da sua Arte, mas poucos são os que acompanham, entendem e apoiam ou veem o seu lado sombra. Eu admito que é sou frágil. Não sou a supermulher. E como toda a gente, tenho dias difíceis. E mesmo nesses dias, escolho o meu lenço para a anca ...