Nos posts anteriores falei-vos da
importância das professoras que mais tiveram impacto na minha vida e, nos que
actualmente me ajudam a ganhar forma e também, de certa maneira, a descomprimir
a minha rotina. E neste post quero falar-vos daqueles que directa e
indirectamente influenciam o meu percurso.
Eles são, todos os artistas que
de alguma forma me inspiram. Sejam eles actores, pintores, escritores, outros
bailarinos... os artistas influenciam-me sempre que a sua Arte me impacta. E
isso é muito importante: que nós artistas, não nos fechemos na nossa bolha. Que
vejamos o trabalho dos outros para também abrirmos os horizontes. É muitas
vezes neles que encontro estímulo para criar, pois o caminho de uma bailarina e
professora de Dança Oriental é solitário, que facilmente cai na monotonia e
acomodamo-nos. Por isso todo o estímulo que me faça sair da minha zona de
conforto, desde que seja para evoluir, é bem-vinda.
Outra grande influência para
mim são todos os bailarinos (e professores) que ficaram na História da Dança
Oriental e na história em geral. Eu gosto de estudar não só o percurso
profissional e a sua técnica como também a sua vida. Aprendo muito quando
aprofundo conhecimentos sobre as suas personalidades e atitudes. Vejo como,
normalmente, grandes bailarinos não tinham só um grande talento. Tinham visão.
Estratégia. Não desenvolveram só uma grande técnica, mas também souberam usar a
inteligência. Ensinam-me que um grande artista tem três coisas fundamentais:
Talento, capacidade de Trabalho e Muita Inteligência para saber gerir, fazer as
escolhas certas e tirar o melhor partido das oportunidades que a Vida for
dando. Ensinam-me que podemos procurar a nossa identidade e autenticidade.
Todos eles brilharam porque foram Únicos. É uma das minhas maiores lições.
Eu aprendi desde cedo a dar
valor aos Meus Professores e eles também estão onde menos esperamos. Por
exemplo: as minhas alunas. Elas ensinam-me tanto (ou mais) que eu a elas. Cada
história de vida é-me uma lição. E tenho conhecido ao longo dos anos mulheres
maravilhosas que, mais do que qualquer coisa, inspiram-me a dar sempre o meu
melhor, quer na Dança, quer na Vida. Ser professora é isto: obrigam-me a ser,
todos os dias, a minha melhor versão. Tenho o privilégio de trabalhar (neste
momento) só com mulheres, o que para mim vejo como uma vantagem. Sinto-me
acolhida, falamos a mesma língua e as aulas acabam por ser mais que dança. É
amizade, boa disposição, irmandade. É um círculo de mulheres que tanto faz
falta na nossa sociedade. Ao contrário do que me foi passado enquanto crescia,
posso provar com as minhas alunas, que um grupo de mulheres não competem entre si nem se sabotam umas às outras. Apoiam-se. Divertem-se. Partilham e são tudo menos "um amontoado de
galinhas". As alunas são as minhas professoras de vida.
Gostei Sara, gostei!
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