Abel Salazar, médico entre
muitas outras profissões disse:
" O médico que só sabe de
medicina, nem de medicina sabe." e eu, pego na frase dele e digo:
" A *bellydancer que só
sabe de *Bellydance, nem de *Bellydance sabe."
Pessoal: ninguém é excelente na
sua área fechado na sua bolha. Podes até ser bom. Mas não és memorável. Com
isto quero dizer que, quanto mais fizerem, observarem, refletirem, aprenderem,
experimentarem outras coisas, outras maneiras de ver, de sentir, de pensar, de
conhecimento melhores pessoas serão e claro, excepcionais na vossa área. Seja
ela qual for.
Por isso, e desde sempre,
percebi que praticando outras modalidades ajudariam na minha dança. Quando
fazia Ballet, e embora a Dança Clássica fosse o meu foco, fiz questão (decisão
que tomei na altura de forma intuitiva) ir também aprender outras danças que,
de certa maneira, complementavam a minha formação no clássico. E, foi através dessa
minha vontade de estar atenta ao que me rodeava que cheguei à Dança Oriental. E
também, já mergulhada no universo da D.O. rapidamente percebi que precisava de
fazer outras modalidades de modo a potenciar a minha dança.
E foi o que fiz. E é o que
faço. Neste momento, a Aeróbica, o Zumba, o Yoga são essenciais para me
desafiar, exercitar, ouvir outras musicas e ver outros pontos de vista. Estas
modalidades são as que me fazem sentido nesta altura, mas já foram outras e
todas contribuíram para ser quem sou hoje e fazem parte do ADN da minha dança.
Estar atenta - e não obcecada - ao que se passa ao meu redor, que têm para
oferecer e o que dizem as colegas, as alunas, os seguidores contribui para
"crescer" e desenvolver o meu trabalho que acaba por ser muito mais
do que aprender mais técnica.
Os meus professores de outras
modalidades - que escolho a dedo, porque nem toda a oferta que existe me serve
- contribuem de forma directa na minha dança. E uso o que ensinam para explorar
e motivar-me também. Todos eles contribuem, mas talvez não tenham consciência do impacto que têm nessa contribuição. A todos os professores que ao longo da minha vida
passaram por mim - que perdi a conta - tenho um profundo respeito e admiração.
Todos eles foram e são peças fundamentais no meu percurso e fazem parte da
minha história.
Por isso, meus amigos, acordem!
Mexam-se, ousem, desafiem-se, experimentem, oiçam, saiam do vosso quadrado, da
vossa zona de conforto e sintam o impacto porque se só souberes de Dança
Oriental, nem disso sabes.
PS: no próximo post... parte
III.
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