Avançar para o conteúdo principal

Praticando o Desapego

Eu sei, eu sei... tenho de agradecer tudo o que tenho todos os dias. Sentir-me grata e feliz por todas as conquistas... eu sei. E sou! Acreditem, sou.
Mas então porque é tenho momentos que me sinto a pessoa mais infeliz do mundo... serei eu uma ingrata?!...
Eu tenho tudo e não não tenho nada, é o que sinto. Aprendi a não subestimar e/ou anestesiar o que sinto. Se isto faz de mim uma ingrata, então eu o sou. Lidar com a (minha) verdade é o caminho para a (minha) felicidade.
Não quero mais. Quero é melhor. Melhor qualidade de vida, de afectos, de amor, de trabalho, de dança... uma versão melhorada de mim. Esta é a minha ambição.
Confuso, certo?... Assim - também - sou eu... uma grande confusão... de pensamentos, de sentimentos, de vontades. Disciplinar a minha cabeça, através da prática do desapego é um grande desafio (mais um para a colecção). O universo colocou-me esta tarefa nas mãos que esgota a minha bagagem emocional a um nível quase insuportável.
É muito cansativo ser EU.
Não mais... melhor. Praticar o desapego. Bolas... ser, verdadeiramente feliz dá MUITO trabalho.



PS: só consegui ver, ainda, os três filmes mais recentes da Star Wars... próximo fim-de-semana serão os outros três. É tão bom viajar com aquelas personagens... adoro mundos fantásticos sustentados por uma boa história. 
May The Force Be With You!!!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Depois de tantos anos a Dançar e a Leccionar, não estás cansada?

  Queres uma resposta sincera a esta última pergunta selecionada desta série? Estou. Mas isso não me impede - por enquanto - de continuar. Eu sou bailarina e professora por vocação. Desde que me lembro sempre foi o "meu sonho" ser bailarina. E sempre me vi a fazer isso. A vontade de ser professora veio mais tarde, já em adulta, com a necessidade de querer passar os meus conhecimentos e experiência a quem me procura. Percebi, cedo na vida, que não seria feliz nem realizada se, pelo menos, não tentasse seguir a minha vocação. Com coragem, determinação e muita "fé", arrisquei. E depois de tantos anos, apesar de tudo, continua a fazer-me sentido. E, quando algo é tão natural e intrínseco a nós, é difícil ignorar e, largar. Com isto, não quero dizer que foi ou é fácil. E hoje, digo: preferia não ter esta vocação... preferia ter tido a vocação para ser médica, ou advogada, ou até arquitecta... tudo teria sido tão mais fácil. Tão mais aceite. E tão mais reconhecido...

Para ti, o que é mais importante no ensino da Dança Oriental?

Pergunta selecionada do mês de Abril e vou ser directa. Para mim, segundo a minha visão e experiência, o mais importante no ensino da Dança Oriental é conseguir empoderar aquela/e aluna/a passando-lhe o testemunho milenar da essência da D.O. Ensinar D.O., para além da sua complexidade técnica - porque não há propriamente um "guião" ou até mesmo formação para se ensinar como noutras danças - o mais importante é conseguir passar a sua essência. E aí está a questão: qual é a essência da D.O.?...  Esta é a pergunta que cada professora ou professor deve fazer. Se souber responder, ótimo! É meio caminho andado para criar ferramentas porque sabe o que está a fazer.  Se não sabe, eu acho que deve procurar saber.  Porque, digo-vos: o que mais impacta no ensino da D.O. não são a execução perfeita de mil e um movimentos, nem dezenas de coreografias... o que mais deixa legado é a forma e a atitude com que sentes a D.O. mostrando o seu carisma único. Há uma Alma a ser preservada indep...

Quero ser bailarina profissional de D. O. Como começo?

UI!!!!! Esta foi a pergunta selecionada deste mês de Maio e, deixa-me dizer-te: é uma pergunta para milhões. Foi exactamente esta a pergunta que fiz, há 21 anos atrás, à professora e única referência que tinha na altura. A resposta foi: "desenrasca-te". E, tive mesmo que me "desenrascar" numa altura que a Dança Oriental - embora na moda por uns tempos - carregava (e acho que ainda carrega, mas com menos peso) um grande preconceito, consequência de um legado de séculos de ignorância em relação a esta dança. E, passado duas décadas digo-te, a ti que queres lançar-te como bailarina profissional de D.O.: BOA SORTE! Porque não é fácil e, não há um guião. Há, ou tem de haver uma capacidade de resiliência e inteligência emocional que não é para todos. Se me lês regularmente, sabes que sou directa. Acredito que a verdade, sem floreados, vale mais que a resposta bonita e meiga. Neste mundo da Dança não há espaço para "meiguice". Há espaço - e tem de haver - para o ...