Frequentemente me perguntam-me com quem aprendi a Arte da Dança Oriental.
Eu digo que a minha dança, já personalizada e com um estilo somente meu, é fruto da minha experiência de vida. TUDO contribui para o resultado final. Cada filme que vejo, cada livro que leio, cada fotografia que admiro, cada passeio, cada pessoa que se cruza comigo, etc... são fontes de inspiração para cada performance.
Na minha dança há também obviamente, a influencia de todos os professores/bailarinos com quem aprendi (e continuo a aprender) mas, há alguns que se destacaram no meu percurso pela sua genialidade, mestria, técnica, inteligencia, experiência e sabedoria.
Eles são:
- Joana Saahirah - a minha primeira professora, foi ela que generosamente me mostrou os alicerces desta maravilhosa dança. Foi graças a ela que tive a força suficiente para lutar pelo que queria e estar onde estou hoje. É uma lufada de ar fresco sempre que vou aos seus workshops e ainda hoje me inspiro sempre que a vejo dançar.
- Randa Kamel - uma das minhas bailarinas preferidas. Já tive o prazer de estar no Cairo a participar várias vezes em workshops dela onde passa uma técnica impecável. Ver as suas performances ao vivo é sempre uma fonte de imaginação.
- Dina - outra das minhas preferidas. O que tem de polémico, tem de genial. Já tive o prazer de vê-la ao vivo em várias ocasiões e de estar com ela em workshops onde aprendi imenso. Recordo uma ocasião no Cairo, onde me encontrava a fazer um curso intensivo, e ela dançou somente para nós, um grupo pequeno de estudantes. Aí pude VER o seu talento que mostrou divinamente, sem as suas características seduções e olhares.
- Raquia Hassan - é a mestre! Ainda hoje as correcções que me fez as lembro de cor e salteado. Excelente professora com olhos de lince...
- Dr. Mo Geddawi - mostrou-me como a D. O. pode ser simples mas poderosa. Como pode ser subtil mas elegante. Adoro-o, como professor e pelo excelente ser humano que é.
Mas, a minha maior fonte de aprendizagem é o próprio Egipto. As suas gentes, cores, cheiros, modos de vida, a comida, o Cairo, a música e a sua dança. Faço questão de ir á raiz desta dança que reflecte uma cultura muito particular. A meu ver, é impossível progredir na D. O. sem, pelo menos, ir lá uma vez e SENTIR aquele país.
E como a minha dança reflecte a minha vida, simplesmente VIVO, e deixo que isso se transpareça sempre que faço um movimento. VIVER, é que tem sido o meu grande mestre.
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