Cada vez me convenço mais que a minha vida, como a minha dança, é um mar de imprevistos.
Quando acho que está tudo certo e encaminhado, vem a mão poderosa do destino e muda tudo em segundos...
Exemplo: última sexta feira, noite que fui dançar num espaço em Palmela.
Maquilho-me, arranjo o cabelo, preparo fatos e musicas, pego na minha assistente ( a minha irmã) e vou buscar ao trabalho o meu outro assistente (o meu marido).
Chego ao trabalho dele e espero que saia... e não sai, reunião de ultima hora que o impede de me acompanhar no meu trabalho.
Stress: não me lembro do caminho... afinal é sempre ele que conduz!
Peço-lhe por telefone que me dê indicações de como lá chegar e já atrasadíssima, voo para lá.
Milagre: consigo chegar ao destino sem me perder (como é de costume meu quando vou para sítios que não conheço e sem o meu co-piloto) e a horas (esta foi mesmo obra divina).
Tento acalmar os nervos, respiro fundo e lá faço a minha dança...
Até corre bem, fui surpreendida com uma pessoa que estava a assistir, que fez questão de me vir cumprimentar e dar os parabéns pela minha performance. Como percebem é sempre bom ter o feedback por parte de quem nos está a ver. Neste espaços (bares e casas de chá), maior parte da assistência não está própria mente a ligar á bailarina, que está ali a dar o litro, muitas vezes estou a dançar para as paredes, por isso, ter alguém que realmente tomou atenção e apreciou dá logo outro animo.
Enfim, acabo as minhas performances, despeço-me e lá pego no carro para vir para casa, completamente estafada e digo para a minha assistente: bom, correu tudo bem, apesar de alguns percalços, conseguimos chegar, a horas, dancei, até me diverti, e agora casa. Perfeito!!!!"
Pois, a meio do caminho, já quase ás duas da manhã, mais precisamente a entrar na auto-estrada, só eu e a minha irmã, o pneu fura... uma estreia para mim!
Afinal nunca é tudo perfeito, nem nunca é como planeamos... como na dança, o que nos faz viver é o imprevisto...
Não sei se a Sara acredita no destino, mas acredito que sim! De facto o que relata demonstra como não somos donos da nossa vida e as coisas seguem o rumo que têm que seguir por mais que utilizemos as nossas energias noutras direcções, as pessoas cruzam-se porque o destino assim quer, por algo as situações são colocadas perante o nosso caminho são sinais que muitas vezes nos negamos a ver
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