Ronin, é um termo japonês que
quer dizer "samurai (guerreiro) sem mestre".
Quando percebi o significado
desta palavra, anos atrás, identifiquei-me. Muitos mestres passam na minha vida,
mas, não me agarro a nenhum... E na Dança Oriental não foi exceção. Cedo fiquei sem
"mestre". E rapidamente tive de me desenrascar sozinha. Nada que já
não estivesse habituada, mas... refletindo, em retrospetiva, foi duro e
custou-me não ter tido apoio. Segui em frente. E o meu caminho como Ronin nunca
me deixou mal. Pelo contrário. Sou o que sou e tudo que conquistei foi graças a
mim, ao meu esforço, experiências e visão. E muito orgulho tenho nisso.
Claro que é muito bom ter
pessoas que nos inspiram à nossa volta. Que nos ajudem e até mesmo nos
orientem. Há no ser humano uma necessidade primitiva de pertencer a algo ou a
uma comunidade. Somos animais sociais. Interativos. E todas as pessoas que
passaram e continuam a passar na minha vida, deixam o seu impacto. E gosto
disso. Mas, não me fixo a ninguém.
Por mais que force, e digo-vos
que já tentei, várias vezes, também aprendi a aceitar que não pertenço a grupos, modas,
tendências... desde muito jovem percebi que se queria fazer alguma coisa, só
dependia de mim e da minha vontade. Se quero, faço. E se não me agrada,
afasto-me. Não me assusta estar sozinha. Fazer sozinha. Pensar por mim. Saber
sentir-me. Responsabilizar-me. A isso chamo liberdade. Verdadeira e honesta. Desta maneira faço só o que me apetece. E isso basta-me.
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