Como se fosse hoje. Mas foi há mais de 19 anos atrás. Lembro-me bem o momento que decidi seguir a minha vocação: ser bailarina. Foi num momento decisivo e impulsivo onde me encontrava saturada de fazer aquilo que não me fazia sentido. Não tinha prazer no que estava a fazer. Senti, que o curso que estava a tirar era pura obrigação. Sim. Estava na faculdade, no último ano e tinha de decidir o que queria fazer realmente quando acabasse os estudos académicos. Era o segundo ano que praticava Dança Oriental. No ano anterior tinha terminado com o ballet. Não tinha hipótese de continuar, mas a minha paixão pela dança intensificou-se com a D.O. e cada vez crescia mais, dentro de mim, a vontade de tornar aquela paixão num modo de vida. E foi numa manhã, sentada numa das cantinas da faculdade - sim, tinha-me "baldado" a uma aula - que parei e pensei: 1º O que estava realmente ali a fazer; 2º Se fazia sentido continuar; 3º O que me apetecia estar a fazer; E esta 3ª pergunta a mim mesma d...