Não adianta. Esta pequena que cresce dentro de mim (ainda me parece tão estranho), não me dá disposição para mais nada senão cuidar dela e do do seu bem estar.
Quer sossego, quer que eu durma o tempo todo, não gosta de esforços e está-me a tirar a memória... nunca andei tão desmemoriada e distraída como agora.
Suga-me toda a energia... toda a minha criatividade dirige-se para ela.
Gerar um ser e ter de continuar a gerir a nossa vida não é fácil... ter de lidar com uma avalanche de emoções, dúvidas, medos e poucas certezas é avassalador. Entrei num universo que é completamente novo. Percebê-lo está a dar imenso trabalho. Ser assaltada com dezenas de concelhos, sem cair no erro de me deixar de ouvir é exaustivo e grande parte das vezes confuso.
Gerar um ser e ter de continuar a gerir a nossa vida não é fácil... ter de lidar com uma avalanche de emoções, dúvidas, medos e poucas certezas é avassalador. Entrei num universo que é completamente novo. Percebê-lo está a dar imenso trabalho. Ser assaltada com dezenas de concelhos, sem cair no erro de me deixar de ouvir é exaustivo e grande parte das vezes confuso.
Eu e ela, só queremos silencio... paz.
E como já me sinto mãe, faço-lhe a vontade. Os próximos meses irei dedicar-me a este rebento 200000...%.
Pergunta: Não te importas que isso aconteça?
Resposta: Não. Sei que ela depende totalmente de mim. Eu escolhi concebê-la e tê-la, sabendo - mais ou menos - o que essa decisão implicaria.
Não foi por acaso que demorei tanto a querer ser mãe. Sabia que parte da minha liberdade e independência ficariam comprometidos a gerar e criar um outro ser. E quero fazer as coisas como deve de ser.
Por isso, como não sou a super mulher e como não faço nada a meio gaz, vou-me retirar até Novembro (na melhor das hipóteses) para cuidar de mim e desta pequenita.
Olhando para estes últimos 13 anos, vários ciclos se fecharam e muitos se abriram... sinto um orgulho enorme em ver o meu trabalho dar frutos, não só em mim mas na vida de centenas de mulheres (e homens e crianças) que passaram pelas minhas aulas, espectáculos, cursos e workshops.
Vejo a minha dança, na dança de tantas bailarinas que agora dão os seus próprios passos, sabendo que o fazem com responsabilidade e dignidade.
E é tão bom, quando, numa situação qualquer, vêem ter comigo dizendo-me que foram minhas alunas e que guardam as aulas com carinho e respeito pela Dança Oriental. Sim, deu frutos todos estes anos.
Acho, que agora estou numa fase da minha carreira que se irá dividir em antes de ser mãe e depois de ser mãe. E mais uma vez, não sei o que irá acontecer... planos?!... não vale a pena fazer... a ver vamos como me irei sentir e, principalmente, o que me vai fazer sentido.
DANCEM muito, VIVAM muito, AMEM muito!!!!
Até breve.
É isso mesmo. Grande mulher Sara. Grande bailarina e será grande mãe... sim, não se pode fazer tudo ao mesmo tempo , nem ter tudo ao mesmo tempo. A vida é feita de escolha. Muito sucesso e acima de tudo muita felicidade como mãe
ResponderEliminarGrata pelas suas palavras!! É importante saber que há quem nos entenda.
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