Como disse no post anterior, há trabalhos que fazemos porque sim e há trabalhos que fazemos por pura paixão. No caso do último evento "Noite de Dança e Poesia" foi um daqueles trabalhos por puro prazer, pela entrega que se tem à Arte de Dançar. Não só porque estava rodeada de colegas que admiro e tenho um profundo respeito. Mas também porque conheci um exemplo de bailarina e mulher que me inspirou a dar o melhor de mim naquela noite. Ela chama-se Paula Lena (what a woman...). Por incrível que possa parecer, senti uma energia que envolvia e que criou um ambiente unico e forte. Senti ali a presença das nossas antecessoras, a alma das mulheres da terra materializadas em danças de transe milenares, tudo num ambiente onde não havia espaço para egos, superficialidade e manias. Amei! E isso notou-se na minha dança. Não só para quem assistiu mas - e principalmente - eu senti que o meu baladi (ao estilo do Cairo), de repente ganhou uma vida própria e eu não era eu... e...