Perguntam-me muitas vezes se vivia se não dançasse. Resposta: vivia. A dança faz parte da minha vida, da minha personalidade, é a minha melhor forma de expressão e comunicação mas não me define por inteiro. Eu acredito - porque o sinto na pele - que ser bailarina e depender da dança para viver requer muito mais que paixão pela mesma. Requer um amor incondicional por esta Arte, mas sobretudo requer uma constante dádiva a tudo que me rodeia, uma constante procura que vem de dentro. Estar fechada num estúdio e dançar de manhã à noite não me preenche em nada. Passar o dia a ver vídeos do youtube de performances ou estar constantemente a ouvir musica árabe seria tortura para mim. Não é a fechar-me num mundinho da fantasia criado por mim que irei dançar melhor. A minha dança define-se em TUDO que faço em cada segundo. As minhas ideias para shows tenho-as a ver um filme, a ler uma revista enquanto como um belo bolo. A minha forma de fazer e...