Avançar para o conteúdo principal

12 anos depois...



Quando abri o programa do Museu do Oriente, e me deparei com a publicidade do meu próximo espectáculo, simplesmente sorri...
Reflecti sobre o que foi preciso para conseguir ter um espectáculo meu num auditório tão requisitado e restrito como este.
Foram precisos 12 anos...
De trabalho diário, de persistência, de lágrimas mas também de muitos risos misturados com boas doses de loucura.
12 anos a provar que a Dança Oriental é mais do que uma dança exótica de meninas bonitas com nove espectáculos realizados, os dois últimos neste espaço.
Esta foto, enche-me de orgulho por saber que construí um nome respeitado na área da dança e onde agora, abrem-me as portas sem colocarem em causa a qualidade que ofereço.
Este espectáculo é, a meu ver, o meu melhor até agora. Idealizado com maturidade, tempo e sempre com a ousadia que me é característica.
Estou desejosa de subir, mais uma vez, neste palco e, com os meus colegas, partilhar com o publico a minha Dança Oriental nas suas mais diversas vertentes.  Será diferente, mágico e MUITO especial, para mim e para quem se deixar encantar.
Esta foto reflecte o que foi a minha visão há 12 anos quando decidi ser bailarina profissional... um caminho difícil mas que resultará na TERRA ENCANTADA.


Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Depois de tantos anos a Dançar e a Leccionar, não estás cansada?

  Queres uma resposta sincera a esta última pergunta selecionada desta série? Estou. Mas isso não me impede - por enquanto - de continuar. Eu sou bailarina e professora por vocação. Desde que me lembro sempre foi o "meu sonho" ser bailarina. E sempre me vi a fazer isso. A vontade de ser professora veio mais tarde, já em adulta, com a necessidade de querer passar os meus conhecimentos e experiência a quem me procura. Percebi, cedo na vida, que não seria feliz nem realizada se, pelo menos, não tentasse seguir a minha vocação. Com coragem, determinação e muita "fé", arrisquei. E depois de tantos anos, apesar de tudo, continua a fazer-me sentido. E, quando algo é tão natural e intrínseco a nós, é difícil ignorar e, largar. Com isto, não quero dizer que foi ou é fácil. E hoje, digo: preferia não ter esta vocação... preferia ter tido a vocação para ser médica, ou advogada, ou até arquitecta... tudo teria sido tão mais fácil. Tão mais aceite. E tão mais reconhecido...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula20

 Querido Diário: Quando temos AS pessoas ao nosso lado, tudo faz sentido. Não sei se essas pessoas são as certas, mas, são as que precisamos. E são essas as alunas que tenho tido ao longo de todos os anos. As que preciso. São elas que validam a minha dança. São elas que a impulsionam . São elas que a fazem crescer. São elas que não me fazem desistir e continuar a acreditar que é possível. Sem alunos, um bailarino é mais pobre. Até pode ter todos os aplausos do mundo, mas falta a amizade conquistada em cada aula. A relação construída em cada aprendizagem. Aquela conversa antes da aula... Aquela partilha sincera depois dela. Desengane-se quem pense que aulas de dança se limitam a aprender um amontoado de passos técnicos e cénicas coreografias. O que se gera numa aula é muito além... de toda a tua expectativa. E não é sobre aquilo que queres. É sobre que precisas. E muitas vezes, o que precisas é só que te arranquem um sorriso que descomprime e te alivia.   ...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula21

 Querido Diário: A aula desta semana teve sabor a Carnaval e com um pouquinho de “samba no pé”. Aconteceu logo pela manhã e que bem que soube! Poder acordar com calma e começar o dia a dançar é um luxo. Nem todos podem e nem todos querem... Confesso que sou uma pessoa noturna, mas, forço-me a fazer algum exercício regular pela manhã e sempre que é possível, dou também aulas. Ao início custou-me, mas depois, habituei-me. Não só desperta o corpo, mas, e principalmente, alimenta (e bem) a alma. Sinto que fico nutrida para o resto do dia, com mais energia, com melhor humor e sem sentir tanto dramatismo. Dançar pode não curar depressões, mas (e disto tenho a certeza) Alivia, Descomprime, Descomplica. Dá outra perspetiva . Mostra que é possível superar Dor, Desanimo, Solidão.   Dançar pode funcionar como antidepressivo natural que está ao alcance de todos. Usa e Abusa. Seja de manhã, à tarde ou à noite. Samba ou Dança Oriental... o importante é Dan...