Avançar para o conteúdo principal

Lições de Vida e de Dança VII - O Poder da Escolha

Não. Não sou nenhuma iluminada. 
Não. Não sou melhor que qualquer outra pessoa.
Não. Não sou nenhuma santa.
Não. Não sou diferente dos demais.
Sim. Escolho sim, seguir o meu instinto quando me diz ir para esquerda quando todos me dizem para ir para a direita.
Sim. Opto por marcar a diferença quando tenho a coragem (há quem confunda com ousadia) de fazer aquilo que digo, sinto, penso mesmo que não seja compreendido ou passe por maluca.
Sim. Danço aquilo que sinto, quando e aquilo que me apetece. Não me faria sentido ser de outra maneira, porque a Dança é a linguagem sagrada de Deus que, quando sintonizada, torna-se ARTE.
Sim. Escolho dar um carinho e atenção a um animal quando o podia ignorar.
Sim. Escolho tentar compreender os outros. Sim. Escolho perdoar, aceitar as minhas imperfeições e os meus limites. Sim. Escolho, mesmo sendo a única a fazê-lo, decidir pelos meus valores.
Tudo é uma escolha... e a escolha do correcto, da luz, do amor, do perdão, da sabedoria, da humildade... é sem duvida a mais difícil, a mais desafiante mas a mais recompensadora.
Não acredito do olho por olho, dente por dente. Não acredito na vingança. Não acredito no egoísmo, no ego, na magoa, no chico-espertismo.
Acredito na minha individualidade, na minha originalidade, no meu eu.
Acredito que quando descobrimos o nosso potencial, liberta-mo-nos da insegurança e da busca incessante/frustrante da aceitação dos outros. 
Acredito que os nossos actos (mais do que palavras e pensamentos), por mais doidos que pareçam, podem e fazem a diferença na vida de alguém, ou de algum ser. Há quem diga que é maluquice, eu digo que é determinação.
Acredito no profissionalismo e respeito pela dança, pela vida e pelo outros. Doa a quem doer, compreendem ou não. Confio nas minhas decisões, e na minha intuição mais do que a razão.
Há doze anos atrás, ESCOLHI, espreitar uma aula de dança onde a musica me encantava. Senti um chamamento estranho. ESCOLHI ouvir esse chamamento experimentando-a e COMPROMETI-ME em saber mais sobre ela. 
Essa escolha, ressuscitou-me, mostrou-me um caminho de auto-descoberta que ansiava encontrar e aqui estou hoje. 
Ter decidido pelo caminho da dança deu-me um sentido de vida que nem sequer sabia que existia. Fez-me agarrar o destino. Deu-me as ferramentas para poder saber quem é e ser a Sara, indomada e livre.
Acredito nas MINHAS ESCOLHAS.
Do you?!


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Depois de tantos anos a Dançar e a Leccionar, não estás cansada?

  Queres uma resposta sincera a esta última pergunta selecionada desta série? Estou. Mas isso não me impede - por enquanto - de continuar. Eu sou bailarina e professora por vocação. Desde que me lembro sempre foi o "meu sonho" ser bailarina. E sempre me vi a fazer isso. A vontade de ser professora veio mais tarde, já em adulta, com a necessidade de querer passar os meus conhecimentos e experiência a quem me procura. Percebi, cedo na vida, que não seria feliz nem realizada se, pelo menos, não tentasse seguir a minha vocação. Com coragem, determinação e muita "fé", arrisquei. E depois de tantos anos, apesar de tudo, continua a fazer-me sentido. E, quando algo é tão natural e intrínseco a nós, é difícil ignorar e, largar. Com isto, não quero dizer que foi ou é fácil. E hoje, digo: preferia não ter esta vocação... preferia ter tido a vocação para ser médica, ou advogada, ou até arquitecta... tudo teria sido tão mais fácil. Tão mais aceite. E tão mais reconhecido...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula12

 Querido Diário: E, num “piscar de olhos” chegou a #aula12: última do 1º trimestre da época 24/25 e, também última deste ano 2024. E de tão descontraída, esta aula foi 5 estrelas... rimos, falámos, brincámos, desejámos as boas festas e claro... dançámos. Ao som de mais umas músicas de Natal, disfrutámos também da pequena coreografia sequencial onde trabalhámos - bastante para sedimentar - a técnica do tema deste último trimestre. Gosto de finalizar etapas. Encerrar ciclos para dar espaço a novos. Vem agora novo ano, novo trimestre e com eles novas etapas, aulas, desafios e superações. Acompanhada pelas alunas mais belas, tudo será mais... aconchegante e, embora ainda não tenha lido nenhuma previsão astrológica para 2025, disto eu tenho a certeza: Nada como um círculo fiel de mulheres para nos apoiar e alavancar. Se juntarmos a ele o ingrediente Dança então... o nível e poder desse círculo é outro.   E assim me despeço: Até para o Ano! Que neste caso é o mesmo q...

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula11

Querido Diário: Nesta altura, com este frio, custa iniciar qualquer actividade física... E, a Dança Oriental, com raiz nos países do Médio Oriente onde o calor é rei, custa a adaptar-se às temperaturas próprias desta época no nosso país. Nas aulas, agora, calçamos meias (várias), perneiras, leggins mais grossas e os tops passam a camisolas. Mas, à medida que a aula avança, vamos também despindo todas essas camadas. Porque dançar aquece. Não só o corpo mas, também, a Alma. E aquele frio do início rapidamente dá lugar a um calorzinho reconfortante. É muito bom sentir esta dinâmica. Acredito (e sei) que não aconteça só com a dança, mas, com toda a actividade física. Custa “arrancar” mas depois, sabe mesmo bem.   E assim foi uma aula... diria... 4 estrelas. Só não foi cinco estrelas porque o calorzinho  gerado durou só... uma hora... a hora da aula .