Estou aqui eu sentada a beber o meu chai tea latte e observo (algo que faço compulsivamente) o pessoal à minha volta.
Mais que os homens - que são previsíveis e aborrecidos - é no mulherio que passa que o meu interesse cai. Observo os seus comportamentos, estéticas e fisionomias. Oiço-as a falar e sei no que pensam, afinal também eu sou mulher.
SER MULHER é interessante, estimulante e desafiador. É imprevisível.
SER MULHER é, provavelmente, a mais difícil tarefa que Deus deu. Eu adoro ter nascido fêmea mas odeio o trabalho em sê-lo.
E, com isto, não me refiro à superficial - muitas vezes obsessiva - preocupação que temos na nossa estética e fisionomia. Não. Para mim, SER MULHER, é muito mais que suas roupas, acessórios e afins. O trabalho a que me refiro vai mais fundo, à derme da mulher, ao seu útero.
E, com isto, não me refiro à superficial - muitas vezes obsessiva - preocupação que temos na nossa estética e fisionomia. Não. Para mim, SER MULHER, é muito mais que suas roupas, acessórios e afins. O trabalho a que me refiro vai mais fundo, à derme da mulher, ao seu útero.
Dá sim, muito trabalho e uma personalidade de fibra SER genuinamente feminina.
A propósito deste tema, e já que estamos no mês dele, faz agora um pouco mais de um ano que realizei um espectáculo dedicado a nós. Nada melhor que a dança DA MULHER (assim se intitulava) para a mulher.
Lembro-me desse show como se fosse hoje, o quanto difícil e salvador este foi para mim.
Quis que fosse uma sincera homenagem às lutadoras deste mundo pelo simples facto de serem o que são: mulheres mas, mal sabia eu (como é impressionante que quando nos colocamos nas mãos sábias de Deus / Universo ela guia-nos e sussurra-nos pelas vias mais primitivas, no meu caso a dança) que fui bailarina e espectador naquela noite. Foi de mim para mim.
Enquanto dançava - totalmente de improviso inspirada por uma força divina - resgatava a minha alma de um abismo de onde a vida me empurrava. A dança (oriental of course) salvou-me de mim própria. Foi para mim, um espetaculo estranho mas transformador. Senti o poder de SER MULHER e como esta dança está intimamente entranhada em nós.
Enquanto dançava - totalmente de improviso inspirada por uma força divina - resgatava a minha alma de um abismo de onde a vida me empurrava. A dança (oriental of course) salvou-me de mim própria. Foi para mim, um espetaculo estranho mas transformador. Senti o poder de SER MULHER e como esta dança está intimamente entranhada em nós.
SER MULHER é possuir um instinto selvagem que assusta os homens. Raça esta que teima em nos denegrir e arranja todos os estratagemas para nos descredibilizar. Estranhamente (ou talvez não) procuram, na grande maioria das vezes, uma mãe e não uma MULHER, talvez para se sentirem seguros e eternizar a infantilidade...
SER MULHER requer coragem, determinação e segurança.
SER MULHER exige fibra, personalidade e ousadia em desafiar o certo, o politicamente correcto, o estipulado e esperado numa esposa.
SER MULHER é cansativo, porque saber que a beleza que exibe vai para além do seus sapatos, cor de cabelo e bâton mostra uma sabedoria de auto-conhecimento e uma profunda confiança.
SER MULHER é lixado... seria tão mais fácil ser mais uma... mais uma barbie desesperada por atenção masculina, mais uma complexada obcecada pelo exterior, mais uma depressiva que se destrói iludindo-se que é a super-mulher.
SER MULHER é SER, é SENTIR e fazer questão de não esconder o que É.
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