Avançar para o conteúdo principal

SER bailarino também é:

Danço, praticamente, desde que nasci. 
Ao longo de todos estes anos apercebi-me que SER bailarina é muito mais que aprender técnica, movimentos bonitos, ter corpos standartizados. 
Como mulher leoa que sou (também de signo) transformo as minhas experiências de vida  em movimento que celebro em cada dança.

Pois para mim, SER bailarina também é:

. apurar o nosso sexto sentido;
. ouvir o nosso coração/intuição;
. não pensar... agir por impulso;
. ter coragem de ir para o desconhecido;
. sensibilizar-mo-nos com a alegria e a dor dos outros;
. quebrar preconceitos;
. rir nas adversidades;
. chorar ao sentir;
. passear um cão;
. abraçar um gato;
. olhar nos olhos de um ser e ver a sua alma;
. cheirar uma flor;
. descansar à sombra de uma árvore;
. lavar a nossa alma no mar;
. sentir prazer ao acordar;
. inspirarmos vida;
. expirar energia;
. gozar cada movimento;
. impressionar-mo-nos com a simplicidade que é viver;
. celebrar o nosso corpo;
. orgulhar-mo-nos em dar;
. não esperar receber;
. parar e respirar;
. ver beleza onde não é óbvio;
. repugnarmos-nos com a falta de valores;
. resgatar pessoas;
. adoptar animais;
. andar descalça na terra;
. amar... amar...  amar... e ser amado.


SER bailarino é não ser óbvio. SER bailarino é não ser acomodado. SER bailarino é não ser cobarde. 
SER bailarino é ser selvagem. É SER fiel a nós. É conhecer-mo-nos. É SER honestos com a nossa natureza. É SER único. É PARTILHAR!
Pense nisto cada vez que dançar.

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Depois de tantos anos a Dançar e a Leccionar, não estás cansada?

  Queres uma resposta sincera a esta última pergunta selecionada desta série? Estou. Mas isso não me impede - por enquanto - de continuar. Eu sou bailarina e professora por vocação. Desde que me lembro sempre foi o "meu sonho" ser bailarina. E sempre me vi a fazer isso. A vontade de ser professora veio mais tarde, já em adulta, com a necessidade de querer passar os meus conhecimentos e experiência a quem me procura. Percebi, cedo na vida, que não seria feliz nem realizada se, pelo menos, não tentasse seguir a minha vocação. Com coragem, determinação e muita "fé", arrisquei. E depois de tantos anos, apesar de tudo, continua a fazer-me sentido. E, quando algo é tão natural e intrínseco a nós, é difícil ignorar e, largar. Com isto, não quero dizer que foi ou é fácil. E hoje, digo: preferia não ter esta vocação... preferia ter tido a vocação para ser médica, ou advogada, ou até arquitecta... tudo teria sido tão mais fácil. Tão mais aceite. E tão mais reconhecido...

Para ti, o que é mais importante no ensino da Dança Oriental?

Pergunta selecionada do mês de Abril e vou ser directa. Para mim, segundo a minha visão e experiência, o mais importante no ensino da Dança Oriental é conseguir empoderar aquela/e aluna/a passando-lhe o testemunho milenar da essência da D.O. Ensinar D.O., para além da sua complexidade técnica - porque não há propriamente um "guião" ou até mesmo formação para se ensinar como noutras danças - o mais importante é conseguir passar a sua essência. E aí está a questão: qual é a essência da D.O.?...  Esta é a pergunta que cada professora ou professor deve fazer. Se souber responder, ótimo! É meio caminho andado para criar ferramentas porque sabe o que está a fazer.  Se não sabe, eu acho que deve procurar saber.  Porque, digo-vos: o que mais impacta no ensino da D.O. não são a execução perfeita de mil e um movimentos, nem dezenas de coreografias... o que mais deixa legado é a forma e a atitude com que sentes a D.O. mostrando o seu carisma único. Há uma Alma a ser preservada indep...

Quero ser bailarina profissional de D. O. Como começo?

UI!!!!! Esta foi a pergunta selecionada deste mês de Maio e, deixa-me dizer-te: é uma pergunta para milhões. Foi exactamente esta a pergunta que fiz, há 21 anos atrás, à professora e única referência que tinha na altura. A resposta foi: "desenrasca-te". E, tive mesmo que me "desenrascar" numa altura que a Dança Oriental - embora na moda por uns tempos - carregava (e acho que ainda carrega, mas com menos peso) um grande preconceito, consequência de um legado de séculos de ignorância em relação a esta dança. E, passado duas décadas digo-te, a ti que queres lançar-te como bailarina profissional de D.O.: BOA SORTE! Porque não é fácil e, não há um guião. Há, ou tem de haver uma capacidade de resiliência e inteligência emocional que não é para todos. Se me lês regularmente, sabes que sou directa. Acredito que a verdade, sem floreados, vale mais que a resposta bonita e meiga. Neste mundo da Dança não há espaço para "meiguice". Há espaço - e tem de haver - para o ...