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Assim foi na Terra Encantada...

Eu acredito que há um momento certo para tudo. E, acredito que há anjos que abençoam esses momentos certos. Assim foi o meu mais recente espectáculo TERRA ENCANTADA: na hora certa, rodeada de anjos e um muito particular.
Como em tudo que faço, senti o meu instinto gritar que conseguiria idealizar e realizar um espectáculo, que fosse um resultado directo do meu coração e que viesse das profundezas da minha alma, baú onde fui resgatar memorias. 
Queria que fosse diferente de tudo que já tivesse feito e que se tornasse muito especial. E assim foi... especial onde tive a sorte de reunir não só na plateia, como em palco, pessoas muito especiais a quem eu agradeço profundamente. 
Consegui. A fasquia subiu. As portas abriram-se para um novo e mais exigente publico. 
Há muito que um projecto não me dava tanto prazer, tanto gozo onde todas as ideias fluíram e, onde em palco, criamos uma energia que contagiou e, não deixou ficar ninguém que estava a assistir indiferente. Onde e sobretudo, o objectivo é elevar a estatuto de Arte e sempre dignificar esta dança que me escolheu.
Senti-me Feliz, Realizada, Agradecida e isso transpareceu.
Ao meu lado, e em todo o processo, tive o tal anjo muito particular: o viajante que encontra esta Terra Encantada. Encantou e deixou-se encantar. O Emanuel Vicente foi o braço direito que me ajudou com o seu talento e optimismo. Obrigou-me a sair da minha zona de conforto e o resultado foi este... as imagens valem por mil palavras:
























Grata à Yolanda Rebelo, Judite Dilshad, à Dilshadance e ao Grupo Dançattitude, pelo vosso empenho e talento.
Terra Encantada estará para sempre no meu coração como um dos meus melhores e mais maduros espectáculos que fiz até hoje. Feliz por ainda - depois de doze anos como bailarina profissional de Dança Oriental e dez espetáculos realizados - conseguir surpreender-me e surpreender um publico que me segue há anos. Agradecida por conquistar novos públicos e palcos cada vez mais exigentes. Realizada por saber que todos estes anos não foram em vão e, muito otimista pois ainda tenho muito para dar e, ainda há muito por fazer no caminho da dignificação da Dança Oriental em Portugal e no mundo.


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