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Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula35

 Querido Diário,

#aula35 e foi uma aula 5 estrelas.

Sim. Têm sido quase todas assim esta época lectiva.

Digo e repito: é um privilégio ser professora de D.O. mas, também uma responsabilidade.

Um compromisso comigo própria que sinto desde a primeira aula que dei. Como não sei quando vai ser a última - porque sei que um dia haverá uma última - aproveito cada momento, cada movimento, cada dança, cada conversa. Uma escolha consciente que adotei para esta época.

Minutos antes da aula de ontem, sentia-me casada, em défice de sono, sem vontade, sem criatividade ao ponto de a minha filha, vendo o meu estado de espírito, sugeriu-me cancelar a aula. Explico-lhe que o compromisso e o dever são maiores.

São nestes momentos que a disciplina opera e aula acontece.

Aos poucos, o poder transformador da dança faz a sua magia e, o convívio no círculo de mulheres que se gere também faz a sua.

No final, valeu e, vale sempre a pena.

 

Mais uma vez, digo e repito: a dança não “cura” e não é tratamento, mas pode ser - e é - uma via útil e eficaz que ajuda a ir ao encontro do equilíbrio na nossa saúde física e - principalmente - mental. Atrevo-me até acrescentar que vai para lá disso e que chega a campos energéticos e espirituais.

Eu acredito nisso. Ou melhor, sinto isso.




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