Avançar para o conteúdo principal

Até me ri...

No outro dia, ao assistir uma live (directo), que nada tinha haver sobre dança, duas das perguntas que foram feitas ao mulherio que ali estava a ouvir foram: de que forma tu te sentes bonita e de que forma descontrais?

Sabem qual foi a esmagadora maioria das respostas? 

Pois é.… responderam que se sentem atraentes e descontraem a... dançar. Que ADORAM dançar. Que o que lhes dá mais prazer é dançar!!!

Até me ri. Porque, pensei logo: "se as pessoas que usam a dança como forma de descompressão tivessem aulas... teriam muito mais proveito. Se cada mulher que se sente empoderada a dançar, aprofundasse conhecimento técnico de determinada dança... imaginem o poder que teria.

Felizmente que dançam!!! Mas, infelizmente, há pouco investimento pessoal e vontade de aprender efectivamente a dançar. Há sempre o mito do "eu não tenho jeito", ou o clássico: "não tenho corpo para isso" ou o que mais me irrita: “não tenho tempo"... 

Se elas soubessem... que não precisam de todo o tempo do mundo, que só precisam do seu corpo e que toda - repito - toda a gente tem jeito para dançar... seriam, com certeza, muito mais felizes. Juro-vos que tive vontade de "gritar" lá na live com letras bem gordas: "se gostam assim tanto e se sentem tão bem a dançar porque não vão aprender???!!!!!! Não seria muito mais eficaz?..."

Fiquei a pensar nisto e tinha de desabafar.





Comentários

Mensagens populares deste blogue

Então, o que basta?

Desde que me lembro, oiço dizer que, para dançar é preciso gostar mesmo. Ter Amor, Paixão pela Arte da Dança. Concordo. Cresci a ouvir isto. Mas, basta?...  Hoje, depois de tantos anos dedicados à Dança, eu acho - melhor, tenho a certeza - que não.  Então, o que basta?... Sinceramente?!... Tudo. Danço desde sempre. E desde sempre, o meu Amor pela Dança impulsionou-me a continuar. Foi assim com a minha primeira paixão: o ballet e que continuou para a Dança Oriental onde foi "Amor à primeira vista." Tal como num casamento, a paixão inicial transforma-se num Amor. Amor este que se tornou profundo, amadurecido e, também calejado.  Manter uma relação, não é fácil nem romântica como se idealiza, muito menos incondicional. É necessário esforço, dedicação, responsabilidade, sentido e condições. Definitivamente, só o Amor não basta. Na Dança, sinto que é igual. É uma relação entre a bailarina e a sua arte. Há que investir nesta relação para que o Amor - base fundamental SIM - não fiqu

Afinal o que é ser humilde...

As bailarinas ouvem muitas vezes a palavra humildade, que temos de ser, viver e actuar com humildade. Concordo plenamente... Mas o que é humildade? E quem é que pode dizer a outro tu és e tu não és humilde? Socialmente uma pessoa humilde não ostenta riqueza nem vaidade, procura ser útil mas discreto e pede ajuda fazendo questão de dizer que não sabe tudo. Que pessoa humilde seria esta! E quase perfeita... Lamento desiludir, mas não tenho todas essas características! Sou humana, tenho defeitos e muitos... como todos vocês! Para mim, humildade é um valor que se adquire logo na infância e se desenvolve ao longo da vida. Mas acho que há vários graus e muitíssimas definições de humildade. O que pode ser para mim uma acção humilde para outro é algo bem diferente. Quantas vezes agimos ou dizemos algo que pensamos, que é natural aos nossos olhos, mas somos logo julgados: "Não és nada, humilde!" Penso: como bailarina, posso ser humilde? Vocês dir-me-ão: Claro! Tens mais é que ser h

Outro pecado, defeito ou talvez virtude

Não consigo ser hipócrita e cínica. Danço aquilo que sinto... e não há volta a dar. Por mais que tente, não consigo, fingir que estou alegre quando estou triste, gostar quando não gosto, rir quando me apetece chorar, mentir quando me quero dizer umas verdades. Sinceramente até hoje não sei se isto é uma virtude ou defeito. Ao longo da minha vida poucas não foram as situações em que se tivesse sido hipócrita tinha ganho mais, em que se o cinismo falasse mais alto tinha evitado inúmeras "saias justas". Muitas vezes a minha mãe e até marido dizem-me que não posso ser tão directa em certas situações, que às vezes a minha antipatia com quem não gosto é-me prejudicial. Dizem-me "finge" e eu respondo "é pá, não consigo" e não dá mesmo! Confesso que alguns comentários que dou, resposta impulsivas, atitudes de mau humor caem-me mal e transpareço uma brutalidade que não é totalmente verdadeira. Quem não me conhece fica a pensar que sou arrogante, antipática, conven