Avançar para o conteúdo principal

A Minha Marca

Sempre quis, desde o primeiro momento que decidi aceitar o meu destino que é ser Bailarina - e, de Dança Oriental - marcar uma posição, definir uma imagem, autenticar a minha dança, criar uma assinatura que refletisse uma marca. A minha marca.
E, depois de 11 anos, creio que estou no caminho certo. Pelo menos o objectivo nunca foi tão claro.
Com muito orgulho, quando alguém ouve o meu nome, ou se interessa pela meu trabalho já sabe o que esperar:
Profissionalismo e Originalidade, com um toque de loucura mas SEMPRE dignificando a Mulher e a Sagrada Dança que faço.
Não sou conhecida por ser especialmente simpática. Não sou popular, comercial. Não vivo para agradar os outros. Vivo para me agradar acima de tudo. Egocêntrica? Não... fiel a mim própria. Esta é a maior dádiva que a Dança Oriental me despertou e me lembra todos os dias. Permitiu-me conhecer e aceitar-me profundamente.
A minha marca:
Dizer (e escrever algo que cada vez gosto mais) e Dançar a minha verdade tal como a sinto e testemunho com todos os meus sentidos, sem falsas moralidades, sem ser politicamente correcta, sem negociações.
Se é difícil ser assim? Claro que é! Mentir-me seria o caminho mais obvio, fácil, socialmente aceite. Mas, nunca foi assim e cheira-me que nunca será. 
A tua marca, qual é?





Comentários

  1. Oh, podes ser muito reservada no início, mas quando tens confiança até não és má de todo! :P

    A minha marca? Não faço ideia... Acho que ainda nao encontrei nada em que faça realmente a diferença.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O teu blog e o teu trabalho como designer já é uma marca... ;)

      Eliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Afinal o que é ser humilde...

As bailarinas ouvem muitas vezes a palavra humildade, que temos de ser, viver e actuar com humildade. Concordo plenamente... Mas o que é humildade? E quem é que pode dizer a outro tu és e tu não és humilde? Socialmente uma pessoa humilde não ostenta riqueza nem vaidade, procura ser útil mas discreto e pede ajuda fazendo questão de dizer que não sabe tudo. Que pessoa humilde seria esta! E quase perfeita... Lamento desiludir, mas não tenho todas essas características! Sou humana, tenho defeitos e muitos... como todos vocês! Para mim, humildade é um valor que se adquire logo na infância e se desenvolve ao longo da vida. Mas acho que há vários graus e muitíssimas definições de humildade. O que pode ser para mim uma acção humilde para outro é algo bem diferente. Quantas vezes agimos ou dizemos algo que pensamos, que é natural aos nossos olhos, mas somos logo julgados: "Não és nada, humilde!" Penso: como bailarina, posso ser humilde? Vocês dir-me-ão: Claro! Tens mais é que ser h

Outro pecado, defeito ou talvez virtude

Não consigo ser hipócrita e cínica. Danço aquilo que sinto... e não há volta a dar. Por mais que tente, não consigo, fingir que estou alegre quando estou triste, gostar quando não gosto, rir quando me apetece chorar, mentir quando me quero dizer umas verdades. Sinceramente até hoje não sei se isto é uma virtude ou defeito. Ao longo da minha vida poucas não foram as situações em que se tivesse sido hipócrita tinha ganho mais, em que se o cinismo falasse mais alto tinha evitado inúmeras "saias justas". Muitas vezes a minha mãe e até marido dizem-me que não posso ser tão directa em certas situações, que às vezes a minha antipatia com quem não gosto é-me prejudicial. Dizem-me "finge" e eu respondo "é pá, não consigo" e não dá mesmo! Confesso que alguns comentários que dou, resposta impulsivas, atitudes de mau humor caem-me mal e transpareço uma brutalidade que não é totalmente verdadeira. Quem não me conhece fica a pensar que sou arrogante, antipática, conven

Infelizmente não consigo agradar a todos

Pois, é isso mesmo que leram: Não consigo agradar a toda a gente, infelizmente... ou não... Era bom que todos concordassem com tudo que fizesse e dissesse, que cada vez que dançasse todos aplaudissem de pé, que o mundo fosse cor-de-rosa e o pai natal existisse. Mas não é assim... Vivo com os pés bem assentes na terra e cada vez mais me apercebo que, quando nos mantemos fiéis a nós próprios, sem fingimentos e hipocrisias socialmente correctas, há (sempre) quem não goste. Paciência... vivi muitos anos calada, fechada no meu mundo, com medo de não ser aceite. Com receio de me excluírem, ria quando não achava piada, seguia quando achava que aquele não era o caminho, comia o que não gostava, não opinava, chorava e entristecia-me sozinha. Queria mostrar que estava sempre bem, nada me afectava... pura ilusão, só para parecer bem aos olhos dos outros, até que a dança me mostrou que sou conseguimos ser felizes connosco próprios se formos autênticos, diferentes, mas no fundo iguais, a todos. Ori